É um erro centrar o debate no emissário submarino, e não na concepção geral do sistema de saneamento básico para a Ilha. A avaliação é do vereador Marcos José de Abreu (PSOL), o Marquito, que defende um debate mais amplo sobre o projeto apresentado pela Casan.

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– Não apoio o emissário, pela insegurança. Ninguém quer um equipamento que corra risco de dar problema – argumentou Marquito, em entrevista ao Notícia na Manhã desta quarta-feira.

O vereador disse que, tecnicamente, o emissário não teria problema, mas operacionalmente, há dúvidas. Um dos pontos que ele questiona é a proposta de lançar no mar os efluentes oriundos de várias estações – cerca de um terço da Ilha -, e não apenas da estação do Rio Tavares, da qual o esgoto sairá já com tratamento terciário.

Marquito é defensor de soluções descentralizadas, com a adoção de tecnologias como as bacias de evapotranspiração e as wetlands (em que plantas aquáticas e terrestres fazem o tratamento do dejeto orgânico). Tais sistemas, porém, exigem mais área, o que, para o vereador, vai de encontro aos interesses imobiliários.

Emissário é uma boa solução, avalia engenheiro sanitarista

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No uso de alternativas, Marquito dá exemplo. Sua casa no Morro das Pedras, onde moram dois adultos e duas crianças, utiliza banheiros secos, com uso de serragem e compostagem, e bacia de evapotranspiração. Ele garante que o custo de implantação é o mesmo de um sistema de fossa e filtro.

– Falta conhecimento dessas alternativas – garante.