

“É uma aberração, um retrocesso para a educação”
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Por que um movimento como o Escola Sem Partido tem ganhado espaço?
Temos um retrocesso, principalmente nas bancadas evangélicas. Isso é muito preocupante e impacta na educação. Esse tipo de projeto adere a uma visão falaciosa, já que não existe neutralidade de discurso em lugar algum. A democracia parte do pressuposto de que tem que haver debates de ideias, isso está vinculado ao ser político. É o conflito de ideias que vai levar a novas ideias. Fala-se em neutralidade defendendo um discurso homogêneo, muito preconceituoso e que não leva em conta diversidade de gênero, religiosa e étnica, que são pressupostos para a democracia. Isso é uma aberração, um retrocesso para a educação. Queremos fazer com que as pessoas não pensem mais? Não tenham consciência crítica e reflexiva?
Que tipo de limitações pode trazer à sala de aula?
Todas as limitações possíveis. O professor pode ser retaliado, perseguido. Vivemos isso na ditadura, imagina vivermos isso novamente. Não podemos fazer com que ressurja, principalmente nas nossas escolas.
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