O vereador Oldemar Becker está sem partido. A decisão de desfiliá-lo foi tomada pelo PPS em função de suposta conduta de infidelidade partidária em seu atual mandato na Câmara de Vereadores de Blumenau. O parlamentar permanece com o mandato até o próximo ano, mas o bloco da qual fazia parte, formado pelos partidos PSDB, PPS, Dem e PP, está desfeito. Becker descarta a possibilidade de migrar de partido e afirma que solicitou uma reunião na executiva estadual do partido para debater o assunto.
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O presidente do PPS em Blumenau, Cláudio de Oliveira, afirma que todos os procedimentos adotados pelo vereador estavam em desacordo com o partido. Ele explica que a decisão de desfiliar o parlamentar foi tomada no último dia nove, em uma assembleia do PPS. No entanto, a desfiliação do partido aconteceu após o término do prazo para recurso de Becker, no último dia 30. A Presidência da Câmara recebeu o documento do PPS informando a expulsão na última semana.
– Na votação do Plano Plurianual, em setembro de 2013, o partido determinou a derrubada do veto do prefeito. Ele não acatou e votou a favor do Executivo – exemplificou o presidente.
Essa e outras posturas do parlamentar teriam motivado o partido a solicitar sua expulsão. O PPS ainda não definiu se irá solicitar na Justiça a cassação do vereador. Oliveira explica que a agremiação vive um momento complicado, em que discute a fusão nacional com o PSB. Até lá, debaterá internamente a possibilidade.
Becker, que foi eleito pela primeira vez em 2012 com 1.990 votos, afirma que encaminhou o caso para a análise da executiva estadual e aguardará o posicionamento do partido. De acordo com ele, seu mandato é pautado nas demandas da comunidade e não nos interesses do partido:
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– Eles estão fazendo o caminho errado. Já solicitei uma reunião com a executiva nacional para debater o assunto. Eu fui eleito pela população que acreditou no meu trabalho e é a favor deles que tenho que votar – defendeu-se o vereador.
Vereador permanece na casa, mas sem partido
O presidente da Câmara de Vereadores, Mário Hildebrandt, explica que o trabalho na casa permanece o mesmo, só que agora sem o bloco parlamentar. Ou seja, agora os cinco parlamentares que faziam parte do bloco atuam sem articulação política e Becker perde tempo de tribuna:
– Como ele não tem mais partido, ele não é líder e perde um minuto de fala. O seu discurso poderá ser contraposto e ele não terá a oportunidade de se defender.