O presidente da Câmara de Chapecó, Arestide Fidélis (PSB), anunciou em entrevista coletiva realizada na tarde desta terça-feira (30) a renúncia ao cargo de chefe do legislativo municipal. No entanto, ele continua como vereador.

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O motivo foi a pressão recebida após condenação judicial por acidente ocorrido no dia 1º de maio de 2014, no Contorno Viário Oeste de Chapecó. O veículo conduzido por Fidélis bateu em outros dois carros, ferindo sete pessoas, uma delas gravemente.

No dia 12 de abril ele foi condenado a oito anos e seis meses de prisão e chegou a ficar 12 dias preso, até conseguir um habeas corpus no Tribunal de Justiça (TJSC). Um dos líderes da oposição, Cléber Ceccon (PT), disse que foi solicitado em sessão um parecer da comissão de ética sobre o caso, para definir se era o caso de encaminhar um pedido de cassação.

Na segunda-feira ele voltou a assumir o cargo de vereador e presidente. Mas convocou uma reunião com os 15 vereadores da base aliada para tomar uma decisão de forma conjunta.

— A instituição está acima de tudo. É uma decisão dura mas é melhor assim para que não pairem dúvidas. Vou continuar vereador e trabalhando pela comunidade. O processo não interfere em nada, não tem nada a ver com a administração pública — disse.

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Um de seus advogados, Artur Losekann, disse que não há motivos para que o vereador não responda o processo em liberdade.

A procuradora jurídica do legislativo, Caroline Hoffmann, disse que não havia nenhum impedimento para que o presidente continuasse no cargo, pois a condenação foi por crime que não estava relacionado com a função pública. Ela disse que o vereador só perde o mandato em caso de condenação transitada em julgado ou então por decisão política, a partir do pedido de cassação de vereadores. Mas acha isso pouco provável.

Ela informou que agora assume o vice, Ildo Antonini (DEM). Uma nova eleição para vice presidente do Legislativo deve ocorrer na próxima sessão, em seis de maio.