Os moradores do interior de Santa Catarina entendem: o ano chega ao fim, os números dos termômetros de rua sobem e quem precisa ficar na cidade entre dezembro e fevereiro começa a preparação psicológica para suportar o calor do verão. E sem a facilidade de correr para as águas do mar na primeira folga.
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Joinville, no Norte, não é oficialmente litorânea. O mar chega pela Baía da Babitonga, que se infiltra pelo entorno da ilha de São Francisco do Sul. Os moradores da maior cidade do Estado ainda conseguem sentir um ventinho do mar, caso se aproximem da Lagoa do Saguaçu.
Mas não tem areia branca, nem avenida beira-mar em canto algum, nem mesmo na Praia da Vigorelli, que até entra na lista de balneabilidade do Instituto do Meio Ambiente como um dos locais onde é possível se banhar em Santa Catarina.
Na Serra do Mar, o melhor de dois mundos para o verão
Entre as principais qualidades atribuídas à região de Joinville, estar entre a serra e o mar é uma das mais citadas na hora de valorizar os aspectos geográficos da cidade. Ela permite que os moradores da cidade encontrem programas diversificados para fugir do calor durante o verão, principalmente quando pegar a estrada não é uma possibilidade.
Como é banhada pelo mar, mesmo que a única praia não seja um grande ponto turístico, a brisa do oceano pode ser sentida pelos joinvilenses. Também é possível sair da cidade de barco ou balsa para ir a cidades do Litoral Norte.
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Há dois anos, a Praia da Vigorelli é constantemente avaliada como própria para banho em pelo menos um dos trechos. Principalmente para a população que vive nas zonas Norte e Leste da cidade, perto da Vila Cubatão, esse pedacinho de litoral é considerada como opção para se refrescar nos dias quentes. Mas o local é conhecido, principalmente, pelos restaurantes de frutos do mar na orla e pela parada do ferry boat que leva à Vila da Glória, na parte continental de São Francisco do Sul. De lá, é possível pegar outra balsa para seguir viagem à ilha de São Chico ou à Itapoá.
Do outro lado da Baía da Babitonga está o bairro Espinheiros. A região, que era uma ilha de pescadores até a metade do século passado, tem crescido com a oferta de novos restaurantes. Dali, também é possível embarcar em travessias até o Centro Histórico de São Francisco do Sul.
Praia da Vigorelli
Como chegar: no fim da Estrada João de Souza Mello e Alvim, no bairro Cubatão. Ela é a continuação da rua Dorothovio do Nascimento.
O que encontrar: restaurantes e bares na orla. O Ferry Boat que leva para a Vila da Glória, que nos finais de semana saem de hora em hora, com tarifa a R$ 18,90 por carro e R$ 2 por pedestre.
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Bairro Espinheiros
Como chegar: o acesso ao bairro é pela rua Baltazar Buschle, com entrada pela rua Albano Schmitd, no bairro Boa Vista.
O que encontrar: restaurantes e bares na orla. O Iate Clube de Joinville está localizado no bairro — o acesso pode ser feito pela rua Lauro Machado — e também o trapiche onde é possível embarcar no Barco Príncipe. Nos finais de semana, o barco sai de Joinville às 10h30 (é necessário chegar com uma hora de antecedência), passa por 14 ilhas da Baía da Babitonga e para no Centro Histórico de São Francisco do Sul, onde fica por uma hora e meia para visitação na cidade). O almoço é incluso no preço do passeio.
Rios na área rural
É possível ainda se refrescar nos rios da zona rural. Eles podem ser encontrados em meio às áreas verdes do distrito de Pirabeiraba e a caminho de Garuva, assim como no bairro Vila Nova. Um dos mais procurados na zona Norte é o rio Cubatão, em pontos perto das pontes como as da Estrada do Pico e Estrada Quiriri.
Na Estrada Bonita, no limite com Garuva, as trilhas para os rios ficam perto de recantos e restaurantes rurais. Na Zona Oeste, o Piraí é o principal rio e, para quem curte cachoeira, a do Piraí, perto da Usina da Celesc, proporciona vários pontos para banho. São lugares totalmente públicos e, por isso, gratuitos. Mas há também opções de recantos que oferecem estrutura de banheiros e quiosques a preços a partir de R$ 5.
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– Os donos de propriedades rurais de Joinville têm percebido esse potencial de ter acesso aos rios ou da possibilidade de criar piscinas naturais e aproveitado a beleza da natureza para garantir uma renda extra. São agricultores, em grande parte, e pessoas que resolveram sair da área urbana da cidade, mas não deixarem de lado o empreendedorismo – avalia o gerente de turismo de Joinville, Douglas Hoffmann.
Frio na altitude
Longe da água, mas perto das temperaturas mais amenas, estão as trilhas para os morros e montes da região. O Castelo dos Bugres, por exemplo, é onde está uma das subidas mais fáceis: o cume está a 970 metros de altitude, mas o início da trilha, na Serra Dona Francisca, está a 760 metros.
Para chegar ao topo, são cerca de 11 quilômetros de caminhada, recompensados pela vista do alto dos 927 metros acima do mar. Quem não é aventureiro, pode simplesmente subir o Morro da Boa Vista a pé ou de ônibus. Ele fica na região Central, no bairro Saguaçu, e desde a revitalização do acesso, em 2016, virou point dos joinvilenses que querem se exercitar, caminhar em meio à natureza e curtir da vista dentro da área urbana.
Diversão mais segura
Confira dicas dos bombeiros para curtir as belezas naturais com segurança:
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– Se ingerir bebida alcoólica, não vá para a água
– Não deixe crianças sozinhas ou às margens dos rios
– Evitar ficar próximo de embarcações, principalmente motorizadas
– Verificar condições do tempo, porque em cachoeiras há condição para trombas d’água (volume excessivo de água nos ribeirões após fortes chuvas)
– Não participar de brincadeiras perigosas, em pedras, por exemplo
– Não entrar em locais desconhecidos sem a presença de um guia
– Não nadar sozinho