Com a radiação solar cada vez mais forte nos primeiros meses do ano, a Sociedade Brasileira de Dermatologia resolveu estender a campanha Dezembro Laranja, agora chamada de Verão Laranja, até abril. Os casos de câncer de pele tem aumentado no país, alertou a dermatologista Solange Emanuelle Volpato Stercket, em entrevista ao Notícia na Manhã desta quinta-feira (9).

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A principal recomendação é reduzir a exposição desprotegida ou exagerada ao sol. O horário a ser evitado vai das 9h às 15h. O filtro solar deve ter fator de proteção superior a 30. Para as pessoas de pele mais clara, o ideal é usar protetor com fator 50 ou 70, além de óculos e chapéu.

— O horário impróprio muitas vezes têm de ser estendido, além das 15h, dependendo de como está a radiação ultravioleta no dia. Muitas vezes, a exposição só pode ser lá pelas cinco — explica Solange.

Na praia, o guarda-sol de lona protege muito mais do que o de plástico. Mas como a areia reflete a radiação, mesmo à sombra é preciso usar filtro solar.

Saiba como consultar a radiação

O site do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostra o índice de radiação diária no Brasil e no mundo.

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Radiação
Gráfico mostra a evolução da radiação em Florianópolis nesta quinta-feira (9) (Foto: Reprodução, Inpe)

A radiação ultravioleta provoca uma série de danos à pele: os benignos, como envelhecimento precoce, perda da elasticidade, rugas, manchas, diminuição de colágeno, e os malignos, relacionados ao câncer de pele.

O melanoma, por exemplo, um câncer de maior gravidade, relaciona-se com episódios em que a pessoa se expõe ao sol e fica vermelha. Os carcinomas, mais comuns e não tão graves quanto o melanoma, são outro grupo de cânceres de pele, provocados tanto pela exposição crônica ao sol quanto por episódios de queimadura.

Ouça a íntegra da entrevista de Solange Stercket ao Notícia na Manhã: