Veranistas voltam a reclamar dos problemas no abastecimento de água em São Francisco do Sul

Por mais um ano, os moradores e turistas que visitaram as praias do Litoral Norte de Santa Catarina durante as festas de fim de ano sofreram com a falta d?água.

Habituados a enfrentar essa situação e para evitar que o problema não atrapalhasse as comemorações, algumas pessoas resolveram improvisar e garantir o fornecimento.

O joinvilense Jordão Pedro Walter, de 58 anos, que todo ano viaja com a família para passar o Natal e o Réveillon na praia da Enseada, em São Francisco do Sul, instalou um cano e um motor para bombear água de um tanque colocado no jardim até a caixa d?água, instalada no telhado da casa. Foi a maneira que encontrou para driblar a situação que enfrenta ano após ano.

– A preocupação sempre é grande. Chegamos aqui em 25 de dezembro e já tinha que repor porque faltava água. Todos os sobrados aqui têm esse problema, porque durante o dia sai bem pouco da torneira, com pouca pressão, aí a a caixa não enche. E à noite, geralmente, não tem água -, comenta.

A falta de água também atrapalhou a virada de ano de César Júnior, 47 anos, radialista de Joinville. Ele estava com mais 15 pessoas na praia do Capri e desde 28 de dezembro reclamava de problemas no abastecimento.

Além de racionar o uso, eles passaram a captar água da chuva em baldes para serviços da casa, estocaram água mineral para consumo e planejavam transferir água da piscina para a caixa d?água. Mas estavam à procura de uma bomba, porque o produto estava esgotado nas lojas da região, por causa da grande procura. “Vamos controlando. Está chovendo, mas não tem água. É um transtorno, atrapalhou o Réveillon de todo mundo”, desabafou.

A falta de informação incomodava ainda mais o joinvilense. Ele diz que tentou telefonar para Samae para descobrir se havia algum racionamento, mas as linhas ou estavam ocupadas, ou ninguém atendia.

– A gente só sabe o que dizem por aí. Nos avisaram que na Praia do Forte também não tem água. Esse problema não é uma exclusividade de São Francisco do Sul, o que falta é informação por parte da Prefeitura.

Na segunda-feira, a reportagem de “A Notícia” tentou contato com o Samae para esclarecer a situação, mas sem sucesso. Terça-feira, novamente foi tentado contato com o serviço. Até o fechamento desta edição não foi possível contato com a empresa..