Foi por ciúmes do marido que uma imigrante venezuelana colocou fogo na casa com os três filhos dentro na madrugada de domingo (13), por volta das 3h, em Guatambu, no Oeste de Santa Catarina.

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De acordo com o delegado da Polícia Civil que estava de plantão no domingo, Maiko Frank Vivi, após ouvir relato dos policiais civis e familiares, ele decidiu pela prisão em flagrante da mulher, por tentativa de homicídio qualificado, por motivo fútil e emprego de fogo, por dano qualificado e incêndio. Somadas as penas podem chegar a 39 anos de prisão, em caso de condenação. Ela teria trancado os filhos dentro de casa com um arame nas janelas.

— Ela foi trazida até a delegacia pela Polícia Militar e fiz o indiciamento. Pelo o que relatou o marido, houve uma briga motivada por ciúmes. Ela teria ido atrás dele com uma faca mas não o encontrou e, ao retornar para casa, colocou fogo na residência com as três crianças dentro. Determinei a prisão em flagrante e o indiciamento — informou o delegado.

O que sobrou do incêndio foi periciado e, nos próximos dias, mais pessoas devem ser ouvidas. As crianças teriam conseguido fugir após a filha maior, de 13 anos, ter quebrado o vidro de uma das janelas com uma cadeira. Ela saiu e retirou os irmãos menores, de 11 e nove anos.

O incêndio consumiu a casa de 70 metros quadrados que ficava na linha Elisbão, e também outra residência vizinha, que não era habitada. Até a chegada dos bombeiros, vizinhos conseguiram evitar que o fogo se alastrasse.

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— Levei um susto quando acordei a vi a casa com bastante fogo. Na hora pensei em socorrer as crianças. Não tinha muito o que fazer. Tiramos o carro de uma vizinha e usamos um lava-jato para dar uma segurada no fogo até a chegada dos bombeiros — disse Juliano Malinski, em entrevista para a NSC TV.

O proprietário da casa, Valmor de Oliveira, alugou o imóvel há três meses para a família, que veio da Venezuela. Ele conta que ajudaram com móveis.

Ainda na madrugada de domingo as crianças foram levadas para o Hospital Regional do Oeste com suspeita de intoxicação pela fumaça. Posteriormente foram liberadas e ficaram com o pai. De acordo com informações da secretaria de Assistência Social de Guatambu, elas foram acolhidas na casa de conhecidos e o município está prestando apoio.

A suspeita do incêndio passou por um audiência de custódia na tarde desta segunda-feira em Chapecó, em que a prisão preventiva dela foi decretada. O processo será encaminhado para o Consulado da Venezuela, para conhecimento.

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Na ocasião, ela disse ao juiz que foi agredida pelo marido. Por esse motivo, o magistrado determinou que ela fosse levada ao Instituto Geral de Perícias (IGP) para fazer exames de corpo de delito.

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