A Venezuela suspendeu as relações econômicas por três meses com várias pessoas e empresas panamenhas, entre elas a companhia aérea Copa Airlines – uma das poucas que operam no país -, em resposta às sanções do Panamá contra o presidente Nicolás Maduro.

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Caracas “suspendeu por 90 dias as relações econômicas e financeiras com 22 pessoas físicas e 46 jurídicas nacionais do Panamá, como medida para proteger o sistema financeiro venezuelano”, informou nesta quinta-feira a agência estatal AVN, mencionando a Copa, sem informar o alcance das medidas.

Entre os sancionados estão o presidente Juan Carlos Varela e a Companhia Panamenha de Aviação (Copa Airlines), segundo uma resolução dos ministérios do Interior e Justiça, Economia e Finanças e Comércio Exterior, que ainda não foi publicada.

Embora não esteja claro se a medida contra a Copa Airlines implicará a imediata suspensão de voos, esta possibilidade geraria grandes traumas, pois é a companha que mais destinos oferece no mercado venezuelano em um contexto de saída em massa por dívidas comerciais do governo de Maduro.

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No país operam poucas companhias aéreas internacionais – menos de uma dezena – como American Airlines, Iberia, Air France, Swiftair, Turkish Airlines e Cubana de Aviación. As companhias venezuelanas Laser e Avior voam para o Panamá.

Também foram cortados os vínculos financeiros com a vice-presidente e chanceler panamenha, Isabel de Saint Malo; o ministro da Presidência, Álvaro Alemán, e a ministra do governo, María Luisa Romero.

As sanções foram tomadas porque – segundo investigações de autoridades venezuelanas – se evidenciou “o uso recorrente do sistema financeiro panamenho por parte de sujeitos nacionais venezuelanos para mobilizar dinheiros e bens proveniente do delito contra o patrimônio público”, indicou a AVN.

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* AFP