As Forças Armadas venezuelanas fizeram manobras de combate no encerramento dos exercícios militares ordenados pelo presidente Nicolás Maduro em resposta ao pronunciamento de seu homólogo, o americano Donald Trump, sobre uma possível ação militar no país da América Latina.

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“Fogo!”, gritavam soldados armados que marchavam em um vale do estado de Cojedes, principal centro das manobras, iniciadas com uma explosão e um toque de alarme.

As tropas foram acompanhadas por veículos blindados, aviões supersônicos e helicópteros, enquanto integrantes da milícia realizaram simulações de tarefas de apoio a esquadrões paraquedistas.

“Somos atacados por forças inimigas!”, bradava um locutor por meio de alto-falantes.

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O ato foi transmitido em tempo real pela emissora do governo, a VTV. Ao fundo, podia-se ouvir marcha marcial.

Batizadas como “Furacão Bolivariano”, as manobras feitas em Cojedes ocorreram na presença do ministro de Defesa, general Vladimir Padrino López, e da cúpula militar.

O evento também contou com o reforço de explosivos e armas comprados da Rússia.

“Conseguimos ver uma sincronia perfeita entre os membros” das Forças Armadas, comemorou Padrino em discurso após o exercício.

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Na sexta-feira (25), um decreto do governo Trump proibiu a negociação da dívida emitida pelo governo venezuelano e por sua petroleira estatal, a PDSVA. Maduro considerou a medida uma “brutal agressão”, a qual precederia uma possível intervenção americana.

O alto escalão das Forças Armadas, para quem Maduro concedeu grande poder econômico e político, declarou lealdade incondicional ao mandatário socialista, em meio a uma forte rejeição da população.

* AFP