O governo de Nicolás Maduro acusou a União Europeia (UE) de uma “vergonhosa subordinação” nos Estados Unidos pelas sanções impostas nessa segunda-feira (13) contra a Venezuela, e convocou o corpo diplomático do bloco a uma reunião marcada para terça-feira em Caracas.

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“As instituições europeias demonstram sua lamentável e vergonhosa subordinação às ordens do governo dos Estados Unidos”, afirma um comunicado da chancelaria que “repudia energicamente” as medidas, que classificou de “ilegais” e “hostis”.

Os chanceleres da UE aprovaram nesta segunda-feira um embargo de armas e material para “a repressão interna” e um marco jurídico para futuras sanções contra “responsáveis de graves violações dos direitos humanos”.

A UE se juntou à política de sanções de Washington -que proibiu seus cidadãos e empresas de negociar a dívida do governo venezuelano e sua estatal petrolífera PDVSA- e do Canadá.

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A Venezuela ressaltou que a decisão chega na véspera da retomada de negociações entre delegados de Maduro e da oposição para buscar saídas à grave crise do país, na República Dominicana, assegurando que busca o “fracasso” desses contatos.

“Nenhuma ação ingerencista subordinada a @realDonaldTrump fará que abandonemos o caminho do diálogo”, escreveu no Twitter o chanceler Jorge Arreaza, ao divulgar o documento.

Governo e oposição anunciaram na quinta-feira passada que retomarão as negociações após várias tentativas fracassadas, mas a aliança Mesa da Unidade Democrática (MUD) as deixou “em suspenso” três dias depois, alegando que o governo não aceitou as condições internacionais previamente acordadas.

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A chancelaria convocou para terça-feira em Caracas uma reunião com o corpo diplomático europeu acreditado no país.

* AFP