Sempre tive uma ligação grande com a Itália por ter nascido em Rio do Oeste, cidade com forte colonização europeia. Quando saí da cidade para fazer o seminário e fui estudar em Turin, percebi estreitar este laço. Voltei em 1964 para cuidar de meus pais que estavam doentes e nunca mais saí daqui. O município era recém criado quando voltei. Mas as semelhanças são muito maiores do que o coral italiano só de homens, as falas em idioma estrangeiro, a Festa da Polenta ou qualquer outro costume que lembre a terra natal dos imigrantes. Aqui, uma Veneza se constrói de tempos em tempos. Pena que não é por um bom motivo.
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Pelo tempo que fiquei aqui, peguei pelo menos três grandes enchentes. A topografia é causadora destes embaraços para a população. A nascente do Rio do Oeste e do Rio Bombinhas se juntam, há muitas curvas no traçado das águas. E como a região é um pouco baixa, o problema de inundação é frequente.
Em contrapartida, a região se destaca no mundo como uma das maiores produtoras de arroz por hectare. O resultado é do empenho do agricultores, que estão nesta prática há muitos anos e não encontram outra forma de renda além de tentar aumentar a produtividade das áreas.
Humberto Pessatti
prefeito
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– É um dos berços da colonização europeia, principalmente a italiana.
SAIBA MAIS
População: 7.145 habitantes
Localização: Vale do Itajaí, a 20 km de Rio do Sul
Área: 245,64 quilômetros quadrados
Emancipação: 23/6/1958
Características: colonizada por italianos, alemães, poloneses e açorianos. A economia é basicamente agrária, com produção de arroz, feijão, milho, frutas cítricas e plantas ornamentais
Particularidades: já teve uma das maiores Festa da Polenta do Brasil
Curiosidade: a escultura da Igreja Nossa Senhora da Consolada veio da região de Gardena em Trento, na Itália