O vendedor autônomo José Dalsochio foi uma das vítimas do golpe de R$ 1 milhão aplicado por uma imobiliária de Jaraguá do Sul. Ele é uma das 29 pessoas que foram lesadas no caso. A Polícia Civil investiga a suspeita do crime de estelionato por parte da proprietária da empresa que causou o dano milionário.
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Em entrevista à NSC TV Joinville, Dalsochio disse que ainda espera receber o dinheiro que investiu na compra do imóvel. Em 2020, ele comprou um terreno por R$ 50 mil para a imobiliária construir uma casa no período de seis meses. Acontece que, apesar do pagamento, o prazo se passou e nada foi construído.
Quando Dalsochio questionava a empresa sobre a realização da obra, sempre recebia uma desculpa diferente:
— Eles me davam a justificativa dizendo que na prefeitura a parte burocrática demorava, a documentação estava lá, mas não estavam mexendo por conta da pandemia.
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O estranhamento ocorreu quando Dalsochio descobriu que o terreno comprado pertencia a outra pessoa, que nem sabia sobre a negociação do espaço. Após fazer a denúncia do golpe à Polícia Civil, o vendedor autônomo espera uma resolução do caso na Justiça.
— Estamos aguardando o juiz chamar para a audiência conciliadora. Acho que eles [defesa da imobiliária] não vão comparecer, provavelmente a causa fica positiva para o meu lado. Mas isso não ajuda em nada, porque eles teriam que aparecer para resolver. O que esse povo [as vítimas] quer mesmo é o dinheirinho deles de volta — declara.
Relembre o caso
A investigação policial acontece desde outubro de 2021, quando as primeiras denúncias do golpe apareceram. Em fevereiro deste ano, novos relatos chegaram, o que motivou a abertura de inquéritos policiais. A previsão é de conclusão da investigação no prazo de 30 dias.
Em um dos casos, de acordo com a polícia, a proprietária da empresa teria vendido o terreno da vítima por um valor a mais do que o combinado. Além de ter ficado com o valor extra, ela ganhou o dinheiro de comissão da venda.
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A dona da imobiliária chegou a ser chamada para prestar depoimento, mas conforme a Polícia Civil, ela invocou o direito constitucional de ficar em silêncio. No momento, a suspeita é de que a proprietária fechou a imobiliária e saiu da cidade com destino aos Estados Unidos, informação que será averiguada pela Polícia Federal.
Sob supervisão de Raphaela Suzin
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