As vendas do comércio varejista brasileiro fecharam 2015 em queda de 4,3%, a maior da série histórica, iniciada em 2001, conforme divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira. Em relação a novembro, o recuo foi de 2,7%.

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Além disso, o total das vendas teve baixa de 7,1% na comparação com dezembro de 2014 na série sem ajuste sazonal — o nono resultado negativo em sequência nesse tipo de análise.

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No ano, o segmento de móveis e eletrodomésticos registrou queda de 14% nas vendas, a maior da pesquisa. De acordo com o IBGE, o desempenho negativo pode ser relacionado ao aumento das taxas de juros de crédito e à queda dos rendimentos dos consumidores.

Em 2015, os hipermercados e supermercados também venderam menos e apresentaram recuo de 2,5%, o maior desde 2003. Segundo o IBGE, além da diminuição da renda, o aumento dos preços dos alimentos pesou no resultado anual.

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Além disso, os segmentos de tecidos, vestuário e calçados (-8,7%) e de combustíveis e lubrificantes (-6,2%) tiveram desempenho negativo em 2015. Outros setores, como jornais, revistas e papelaria (-10,9%), também tiveram baixas no ano passado, mas representam menos para o cálculo geral do levantamento.

Por outro lado, o único segmento que registrou alta no acumulado de 2015 foi o de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, com avanço de 3%. Conforme o IBGE, apesar do índice positivo, esse foi o menor crescimento da série histórica do setor.

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Quanto ao varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, as vendas caíram 0,9% em dezembro ante novembro na série com ajuste sazonal. Na comparação com dezembro de 2014, a baixa foi de 11%. Em 2015, as vendas do comércio varejista ampliado acumularam queda de 8,6%.

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