As vendas do varejo nos primeiros meses de 2014 devem ser superiores às do mesmo período do ano anterior. É o que aponta o Índice Antecedente de Vendas (IAV-IDV), divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV).
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O levantamento leva em conta as vendas e as perspectivas das empresas associadas ao instituto e aponta que as vendas em fevereiro devem crescer 6,5% em comparação ao mesmo mês de 2013. Nos meses seguintes, a previsão é ainda melhor e o aumento deve ser de 7,4% em março e 9,6% em abril. Em dezembro, o crescimento calculado havia sido de 4,2%, enquanto em janeiro foi de 6,8%.
No estudo, o presidente da IDV, Flávio Rocha, alerta que a baixa confiança dos consumidores e o “cenário macroeconômico nacional e internacional desafiador” são dificuldades que o setor pode enfrentar em 2014. Segundo ele, isso “exige um alerta quanto à otimização do desempenho do setor em 2014”. O “aperto monetário” do Copom, que aumentou para 10,5% a taxa básica de juros, também é citado na publicação.
A pesquisa destaca a manutenção das alíquotas reduzidas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para móveis e linha branca e o programa Minha Casa Melhor como os principais responsáveis pelo a alta no setor de bens duráveis – que deve crescer 3,9% em fevereiro, 6% em março e 8,6% em abril. No setor de bens semiduráveis – que inclui vestuário, calçados, livrarias e artigos esportivos – o desempenho deve ser superior, com crescimento de 11,6% em fevereiro, 7,6% em março e 10,6% em abril. Nas vendas de supermercado, mercado e perfumaria, que correspondem ao setor de bens não duráveis, as altas devem ser de 5,3%, 10% e 9,8% em fevereiro, março e abril, respectivamente.
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