As vendas de veículos novos no Japão caíram 27,9% em janeiro em comparação ao mesmo mês do ano passado, para 174,281 mil unidades, o pior nível mensal de vendas dos últimos 37 anos. Segundo a Associação de Vendedores de Veículos do Japão, este foi o sexto mês consecutivo de queda.

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O total de vendas corresponde aproximadamente à metade dos veículos japoneses comercializados no Japão em janeiro de 1990, quando foi registrado o número recorde de 325,468 mil unidades.

O retrocesso das vendas, que exclui os miniveículos, foi maior que a sofrida em dezembro (22,3%).

Todas as marcas registraram grandes quedas de vendas no Japão, exceto a Daihatsu, a subsidiária da Toyota especializada na fabricação de veículos pequenos e eficientes, que vendeu 840 unidades em janeiro, frente aos 528 do ano passado.

No entanto, a Associação Japonesa de Miniveículos afirmou que as vendas deste tipo de veículo caíram em janeiro 5,6% anualizado, para 127,426 mil unidades, por causa da crise.

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A Toyota vendeu 22,5% a menos de veículos que em janeiro do ano passado, mas, mesmo assim, ficou em primeiro lugar no Japão, com 81,985 mil unidades. Em seguida, ficou a Nissan, o terceiro fabricante do país, que vendeu 30,786 mil veículos em janeiro, 31,1% a menos que no mesmo mês de 2008. A Honda ficou em terceiro, após a venda de 22,087 mil unidades, 30,7% a menos. A Mazda ficou em quarto lugar, com a venda de 10,701 mil veículos, 34,5% a menos que em janeiro de 2008, enquanto a Suzuki vendeu 4,557 mil unidades, 17,1% a menos que no ano passado.

– A queda é porque o esfriamento dos níveis de consumo afetou a indústria do motor – disse um porta-voz da Associação de Vendedores de Veículos do Japão.

O porta-voz acrescentou que a crise econômica global está tendo efeitos “sem precedentes” na indústria automotiva, “que não se viam há 100 anos”.