As vendas de motocicletas caíram 13% no primeiro semestre do ano. Foram 897.252 unidades contra 1.033.443 em igual período do ano passado, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo). Na comparação do mês de junho com maio, houve retração de 8,2%, com venda de 138.835 motos contra 151.316. Em relação a junho deste ano e o mesmo mês no ano passado, a queda foi de 13,6%.

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Sobre a produção, o setor registrou queda de 10% no semestre, com 967.901 novas unidades ante as 1.078.761 produzidas nos primeiros seis meses do ano passado. Em junho, a produção caiu 18% na comparação com o mês anterior – foram 140.920 veículos contra 171.739. Na comparação com junho do ano passado, a redução é 13,6%. No acumulado do ano, foram emplacadas 848.530 motos, enquanto no mesmo período do ano passado foram 918.137, equivalente a uma baixa de 8%, conforme levantamento mensal da Abraciclo. Em junho, foram emplacadas 123.946 unidades, 17% menos do que em maio. Segundo o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, o setor vem sentindo efeitos da crise econômica global e o emplacamento em junho foi um dos mais baixos da série histórica e o pior do ano.

– Isso é reflexo também da queda das vendas financiadas. Em 2011, representou 52% das vendas e, este ano, 46%. Uma parte dessa perda foi absorvida pelas vendas à vista e outra pelo consórcio, mas foi uma parcela muito pequena que não conseguiu compensar a perda dos financiamentos – explicou Fermanian.

A expectativa da entidade é a de que o setor feche o ano com queda nas vendas entre 10% e 15%. Fermanian lembrou que a previsão feita no final do ano passado era que as vendas em 2012 fossem 5% maiores.

– Talvez essa seja a primeira vez que a Abraciclo estima uma queda porque para nós não há uma medida muito clara de recuperação gradativa no segundo semestre. Se não tiver melhoria para o crédito, vamos terminar o ano com queda – afirmou.

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