O faturamento da indústria em Santa Catarina cresceu 3,1% em agosto na comparação com julho para os dados livres de efeitos sazonais, segundo os indicadores da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc). O resultado interrompe a trajetória de queda e pela primeira vez no ano as vendas ficam positivas. Nos oito meses, a alta acumulada ficou em 0,5%. No mesmo período, o resultado nacional foi de contração de 3,5%, informa a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Veja os dados completos.

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— Como os dados positivos se somam a outros indicadores favoráveis, como os do emprego e da confiança, está se consolidando a trajetória de recuperação da economia catarinense — disse o presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, citando especificamente o Índice de Atividade Econômica de Santa Catarina (IBCR-SC) do acumulado do ano até julho, que cresceu 3%, contra 0,14% do Brasil no mesmo período.

— O perfil econômico desconcentrado do Estado e a força de nossa indústria, a mais diversificada do país, explicam o desempenho diferenciado de Santa Catarina em relação ao restante do Brasil — completa.

Os setores com melhores desempenho em Santa Catarina são: equipamentos de informática e produtos eletrônicos (14,4%), produtos alimentícios (10,5%), metalurgia (7,4%), produtos de metal (5,3%), móveis (3,9%), celulose e papel e produtos de papel (3,5%) e vestuário e acessórios (2,2%). O desempenho negativo no período foi registrado nos segmentos: produtos de borracha e material plástico (8,8%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (4,9%), máquinas e equipamentos (4,4%), produtos de madeira (2,6%) e têxteis (0,8%).

Em agosto, a utilização da capacidade instalada aumentou 1,8 ponto percentual e alcançou 82,34 pontos na série dessazonalizada. No acumulado do ano, a massa salarial, apesar de manter variação negativa, tem crescido (passou de -1,2% em julho para -0,71% em agosto). O resultado positivo em relação ao mesmo mês do ano anterior é provocado pelo avanço em equipamentos de informática e produtos eletrônicos (13,65%), móveis (13,31%) e metalurgia (8,38%).

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As horas trabalhadas na produção mantêm recuo de 0,72% no acumulado do ano até agosto. A retração é puxada pelos setores de produtos de borracha e material plástico (-14,47%) e máquinas e equipamentos (-8,65%).