A venda de próteses mamárias de silicone está temporariamente suspensa no Brasil. Uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determina que todos os produtos do tipo, nacionais ou importados, vão precisar de certificação.
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O órgão informou ainda que as importações das próteses de silicone estão suspensas até que uma resolução que trate da certificação seja publicada.
Pela nova medida, fica obrigatória a avaliação das próteses pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). O órgão informou nesta quarta-feira que vai publicar até o dia 31 de março uma portaria definitiva para a certificação de próteses.
A partir de agora, as próteses terão de passar por testes em laboratórios brasileiros, para checar a resistência e a composição do silicone usado, e exames biológicos. Além disso, os fabricantes serão inspecionados. Até então, a empresa precisava apresentar apenas um certificado do país de origem para conseguir autorização de venda da prótese no Brasil, sendo que os lotes não precisavam ser testados.
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Paulo Amaral, presidente regional da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, diz que não há motivo para preocupação porque as empresas provavlemente têm um estoque (que pode ser usado, conforme a Anvisa) que vai garantir os implantes nas próximas semanas. Ele diz, porém, que se houver problemas de distribuição, cirurgias de reconstituição deverão ser priorizadas em relação às estéticas, que podem ser reprogramadas.
– O mais positivo é que os órgãos nacionais vão assumir o controle dos produtos usados no país sejam eles produzidos onde forem – diz ele.
As novas regras foram aprovadas depois do escândalo internacional envolvendo a marca francesa Poly Implant Prothese (PIP) e a holandesa Rofil, acusadas de usar silicone inapropriado, aumentando o risco de o implante romper ou vazar e provocar problemas de saúde. Calcula-se que 20 mil brasileiras tenham implantes das marcas estrangeiras – 5 mil delas no Rio Grande do Sul.
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