A venda de diários cresceu 1,3% no mundo em 2008, com quase 540 milhões de vendas por dia apesar da crise econômica, informou hoje Gavin O’Reilly, presidente da Associação Mundial de Jornais (WAN). Em artigo publicado no site da associação, que recolhe os dados do relatório anual do organismo com o título de Tendências da imprensa mundial, O’Reilly sustenta que os números contradizem as análises “simplistas e falazes” dos que preveem a morte dos jornais.
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O estudo explica que o crescimento é fruto do aumento das vendas nos mercados em desenvolvimento. Nos países desenvolvidos, está havendo uma queda constante de compras que se compensa com diários digitais que cada vez mais ganham leitores.
O relatório também fala dos diários gratuitos: se eles fossem levados em conta no estudo conjunto, o aumento de 1,3% nas vendas globais passaria a ser de 1,62%. A Europa é o continente onde a imprensa gratuita capta mais seguidores: 23% dos jornais distribuídos no continente em 2008 foram grátis.
Prever a morte dos periódicos “parece ter se transformado em um novo esporte”, completou O’Reilly, que qualifica de “retórica simplista” as vozes que acham que o futuro da imprensa só pode ser online. Os números provam sua tese, já que, segundo dados do relatório anual da WAN, quase dois bilhões de pessoas leem um diário pago ao dia e o público adulto que lê os periódicos é 41% maior que o de internet.
De acordo com O’Really, o jornal continua sendo um meio de comunicação global que deve ser levado em conta, já que alcança uma média de difusão de um terço da população mundial e ganhos “maciços”. O presidente da WAN reconheceu o “impacto indubitável” da crise nos ganhos dos periódicos, mas frisou que não foi pior que o que afetou outros setores.
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