Se, quando Tainá Chiarello Ficagna começou sua carreira na cozinha, alguém tivesse dito à estudante de gastronomia que ela venceria um reality show chamado Que Seja Doce, ela provavelmente teria rido. "Eu odiava fazer doces!", ela conta, dando risada. "Eu amava era salgados, já tinha bastante experiência nessa parte da gastronomia."

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A experiência começou mesmo bem cedo: "Desde bem pequena eu vivia enfiada na cozinha", diz Tainá, que nasceu e vive em Concórdia, no oeste de Santa Catarina. "Eu não queria ficar enfiada no quarto, não queria ficar assistindo TV, não queria ficar brincando. Queria era ficar na cozinha com meus avós enquanto a gente cozinhava. Quando comecei a crescer e imaginar qual profissão seguir, não pensei duas vezes: queria ser cozinheira de qualquer jeito."

Foi em 2017, ao fazer um curso de cozinha profissional em São Paulo e explorar diversas áreas da gastronomia, que Tainá se apaixonou pela confeitaria – e, segundo ela, entrou "de cabeça" na área. Ao retornar à sua cidade natal, ela criou a Pingo, pequena empresa de doces por encomenda. "Minha especialidade são bolos", afirma a catarinense, que hoje cursa o último semestre da faculdade de gastronomia no Senac Concórdia. "Também gosto de fazer brownies, tortas, cookies."

A vitória da jovem confeiteira – de apenas 22 anos – no reality show Que Seja Doce, do GNT, aconteceu no dia 17 de abril. No programa, apresentado por Felipe Bronze, três duplas de confeiteiros (e ajudantes) apresentam suas receitas a três jurados: Carole Crema, Roberto Strongoli e Lucas Corazza. Depois de preparar uma especialidade, o "Cartão de Visitas", os participantes competem entre si em mais duas provas.

Tainá afirma que só se inscreveu depois de muita insistência de amigos e familiares. "Eu pensava: 'Nada a ver, um programa de TV. Eu sou muito nova! Imagina com quem eu vou concorrer lá?' Quando fui selecionada, eu fiquei em êxtase, pulando. Nem acreditava que era algo real. (risos)"

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Ela diz que, no momento das gravações, ficava bastante nervosa. "Tem três câmeras filmando cada participante o tempo todo; você fica pensando que tudo o que fizer vai ser observado por todo mundo. Mas não dá pra perder o foco e ficar se preocupando com isso, porque senão dá tudo errado."

Mas deu tudo certo. "Eu estava certa de que não tinha levado, não gostei da estética da minha torta", narra Tainá sobre a final. "A pressão atrapalhou um pouco." A torta pedida na última etapa foi uma Napolitana, solicitada pela própria produção do programa. Ao longo do Que Seja Doce, a catarinense também havia feito outra torta, uma especialidade sua: a Torta Tradicional de Morango com Nata. "É uma receita da minha avó, bem famosa por aqui. É um sucesso, todo mundo pede sempre", Tainá garante.

Os doces são mesmo negócio de família – não só na influência ao longo da infância de Tainá e na receita especial herdada da avó, mas no próprio trabalho do dia a dia: "Quando voltei de São Paulo já com a ideia de criar a Pingo, minha família me apoiou muito", diz Tainá. "Eles me ajudam sempre: mexem massa de brigadeiro quando precisa mexer, fazem massa de bolo comigo… (risos) Eu não teria conseguido seguir essa profissão se não fosse pelo apoio deles. Quando eu abrir minha loja física e meu pai se aposentar, ele quer ir trabalhar comigo lá."

A loja física em Concórdia, aliás, é o próximo passo de Tainá – ainda mais agora, com a vitória no Que Seja Doce e a formatura em gastronomia se aproximando. "Quero abrir uma loja, com café junto, como sempre sonhei", diz a confeiteira. "Já estou em busca do local certo."

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Para o NSC Total, Tainá gravou um vídeo ensinando a fazer a Torta Tradicional de Morango com Nata, herdada da avó. Confira abaixo: