Vence nesta sexta-feira prazo para que camelôs desocupem praça Arno Bauer em Itajaí

Os camelôs de Itajaí têm até às 18 horas desta sexta-feira para retirar as mercadorias dos boxes da Praça Arno Bauer, no Centro. Depois desse horário, funcionários da prefeitura vão concluir o isolamento da área com tapumes _ que já começaram a ser instalados_ e a entrada para a retirada do mobiliário só vai ser permitida na companhia de auditores fiscais.

A saída dos ambulantes começou a ser negociada ainda em março de 2014, quando o Ministério Público fez uma recomendação formal a prefeitura, pelo fato de área ocupada ser patrimônio histórico.

Na quarta-feira, de acordo com o auditor fiscal municipal, Marcelo Foes Scherer, sete dos 50 boxes estavam fechados, e quatro já estavam vazios.

– Hoje (quinta-feira) o pessoal estava se organizando para retirar a mercadoria à noite – informa.

Conforme o auditor, o clima entre os ambulantes e os fiscais da prefeitura é tranquilo.

– Está pacífico, não tem nada de revolta e hostilidade. Não tivemos nenhum problema com eles – garante.

A expectativa da prefeitura é para que os 50 ambulantes que ocupavam os boxes da praça respeitem o prazo para deixar o local. No entanto, se houver resistência, o secretário de Urbanismo, Paulo Praun, informa que há uma operação já montada com o apoio das polícias Militar e Federal, e da Receita para fazer a evacuação dos camelôs e a apreensão das mercadorias sem nota fiscal.

Praun lembra que os comerciantes que desrespeitarem o prazo também estão sujeitos ao pagamento de multa por estarem sem alvará e em área pública.

Recomeço em novo endereço

A ambulante Roza Maia, 33 anos, estava encaixotando a mercadoria do box em que trabalha há oito anos, no fim da tarde desta quinta-feira. Ela vai se mudar para o centro comercial do calçadão da Hercílio Luz. Segundo ela, pelos menos 20 ambulantes da Praça Arno Bauer vao ocupar boxes no local.

– Acho que o desejo de todo mundo era ir para lá, mas nem todos têm os R$ 25 mil cobrados como caução – diz.

A própria Roza precisou fazer um financiamento no banco para conseguir o dinheiro e poder reservar um ponto no centro comercial. Além do caução, ela também vai ter que pagar um aluguel de R$ 1,5 mil por mês. Ela só vai começar a trabalhar no novo endereço no fim do mês, após concluir o pagamento do calção.

– Vou ter que começar tudo de novo, fazer novos clientes, mas o ponto é excelente -observa.

A outra parte dos camelôs deve mudar para o centro comercial Fabricantes do Brás na Rua Alexandre Fleming, também no Centro.