O mistério por trás das mortes de Ângela Maria Kazmierczak Partala e Gerônimo Kosmala, ocorridas em maio de 2024, em Itaiópolis, foi revelado pela Polícia Civil nesta sexta-feira (6). A investigação concluiu que não houve crime cometido na morte dos dois, mas que a mulher sofria violência doméstica.
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Os corpos foram encontrados nos dias 19 e 20 de maio. Na época, a Polícia Militar foi acionada por Gerônimo e uma familiar que encontraram o corpo de Ângela na casa do homem. No dia seguinte, a familiar encontrou o corpo de Gerônimo no mesmo local.
Morte “misteriosa” de casal intrigou a polícia
De acordo com o delegado Cassiano Tiburski, da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Mafra, Ângela era casada, mas tinha um relacionamento com Gerônimo. Ainda dentro do casamento, a investigação apontou que ela sofria violência doméstica, situação que seria indicada pelo laudo de necropsia da Polícia Científica. Ela teria buscado refúgio na casa do amante após discussões com o marido.
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A investigação também apontou que, dias antes da morte, Ângela estava com sinais de agressão. Segundo a Polícia Civil, durante as estadias na casa de Gerônimo, os dois consumiam grandes quantidades de bebidas alcoólicas.
Ainda segundo o delegado, em 19 de maio, a mulher foi encontrada morta na casa do homem, no interior da cidade. No outro dia, o homem também foi encontrado morto.
— Quando ele (Gerônimo) viu que a mulher morreu, passou o dia inteiro bebendo. De madrugada, a familiar dormiu na casa dele e desconfiou que ele não estava roncando. Quando ela foi averiguar, ele já estava morto — disse o delegado.
A polícia chegou a desconfiar de envenenamento por conta da proximidade das mortes, mas descartou a hipótese. Conforme a investigação, os exames toxicológicos detectaram a presença álcool etílico nos corpos, o que indicou que ingeriram bebidas alcoólicas. Além disso, foi constatado a presença de dipirona e metformina no corpo de Ângela.
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— Metformina é um medicamento para diabetes e ela tomava medicamentos para a doença — explicou o delegado.
Com isso, a investigação apontou que as mortes não tiveram crimes por trás, sendo consideradas mortes naturais. O marido de Ângela morreu durante as apurações, em novembro deste ano. O inquérito vai ser encaminhado para análise judicial.
Velório chegou a ser interrompido
Segundo a Polícia Civil, antes de o corpo de Ângela ser encaminhado para os exames, a funerária responsável havia feito o procedimento de tanatopraxia, uma técnica de preparação do corpo antes do velório.
No entanto, a polícia precisou interromper o velório para que o corpo fosse encaminhado à perícia, uma vez que indícios de crime surgiram durante as investigações. Ainda, a polícia afirmou que a técnica pode ter comprometido a precisão da avaliação das lesões encontradas durante a necropsia.
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