?O velório das seis pessoas da família catarinense que morreu por causa de um vazamento de monóxido de carbono no Chile ocorre hoje em Biguaçu, na Grande Florianópolis, como divulgou o Diário Catarinense.

Continua depois da publicidade

Aberto ao público, vai ocorrer no Ginásio de Esportes da Univali. A maioria das vítimas morava em Biguaçu.

Os corpos chegaram na noite dessa segunda-feira (3), ao Aeroporto Hercílio Luz, em Florianópolis, depois de 12 dias de espera para amigos e parentes. O traslado só foi possível depois que familiares das vítimas viajaram ao Chile para reconhecer os corpos.

Vítimas

Morreram após o vazamento de monóxido de carbono Fabiano de Souza, 41 anos, a mulher dele, Débora Muniz Nascimento de Souza, 38, os dois filhos do casal, Karoliny Nascimento de Souza, que completaria 15 anos dois dias depois da tragédia, e Felipe Nascimento de Souza, 13.

Continua depois da publicidade

Também morreram na tragédia, Jonathas Nascimento Kruger, 30 anos, irmão de Débora, e a mulher dele, Adriane Krueger. Ela era de Mato Grosso.

Um dia antes da tragédia, a mãe de Débora e Jonatas morreu vítima de câncer.

?O velório dos seis mortos no Chile está previsto para começar às 8h30min. O sepultamento deve ocorrer as 16h30 no Cemitério São Miguel também em Biguaçu.

Intoxicação

O monóxido de carbono surge a partir da queima incompleta de combustíveis baseados em carbono, como o gás de cozinha, gás natural ou gasolina. Ele é altamente tóxico e, em altas concentrações, pode ser letal.

Sem cheiro, ele pode levar à morte, sem que as pessoas percebam o perigo que correm, segundo especialistas.

Continua depois da publicidade

Inquérito

As mortes dos brasileiros no Chile estão sendo investigadas pela polícia local. Além da responsabilidade pelas condições do apartamento em que a família se hospedou, os policiais também apuram a conduta dos agentes que atenderam aos pedidos de socorro.

A investigação contra a própria polícia foi aberta porque foram realizadas ao menos duas ligações com pedidos de ajuda. Na primeira, feita pelos brasileiros, um agente foi deslocado para atender o caso, mas disse que não encontrou o endereço. A segunda ligação já foi feita pelo cônsul do Brasil em Santiago. Depois dessa chamada, outra equipe foi deslocada ao apartamento. Quando essa equipe chegou, já encontraram todos mortos.

A polícia chilena informou que repassou todos os detalhes ao Ministério Público do Chile, que deverá decidir se irá processar ou não os policiais envolvidos no atendimento aos brasileiros.