A The Ocean Race traz nesta edição um programa científico abrangente em prol dos oceanos. As cinco equipes participantes na categoria Imoca têm a bordo equipamentos especializados para medir uma série de variáveis. Posteriormente, essas informações serão analisadas por cientistas de oito organizações de pesquisas para melhor compreensão dos impactos causados nos oceanos.
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O projeto começou na edição de 2017/2018, em parceria com a 11th Hour Racing, Premier Partner of The Ocean Race, Founding Partner of the Racing e com o programa de sustentabilidade Purpose. Porém, nesta edição, o programa científico vai capturar mais tipos de materiais, incluindo pela primeira vez, os níveis de oxigênio e microelementos na água.
Conheça as equipes que disputam a regata na categoria Imoca
Estudos recentes mostram como as temperaturas mais altas no oceano são responsáveis por eventos climáticos extremos, além de como os níveis do mar devem subir em um ritmo mais rápido do que o previsto.
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– O programa de ciência da The Ocean Race é vital para a comunidade científica e também para apoiar a Década da Ciência Oceânica da ONU. Os dados coletados pelos barcos de partes remotas do mundo, onde as informações são escassas, são valiosos. Quanto mais dados tivermos, com mais precisão poderemos entender a capacidade do oceano de lidar com as mudanças climáticas e prever o que acontecerá com o clima no futuro – ressalta Véronique Garçon, cientista sênior do CNRS (Centre National de la Recherche Scientifique).
Barcos voadores na The Ocean Race: uma nova era na competição
Os resultados das pesquisas serão compartilhados com os parceiros científicos da The Ocean Race, organizações ao redor do mundo que estão examinando o impacto da atividade humana no oceano.

Tipos de dados
Conheça os tipos de dados que serão coletados pelos participantes:
Indicadores de mudanças climáticas:
Os barcos das equipes Team Malizia e 11th Hour Racing Team têm os “OceanPacks”. Uma espécie de bolsa que coleta amostras de água para medir os níveis de dióxido de carbono, oxigênio, salinidade e temperatura, fornecendo informações sobre o impacto das mudanças climáticas no oceano.
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Poluição por plástico:
Os times GUYOT environnement-Team Europe e Holcim-PRB coletam amostras regulares de água durante a corrida para testar a presença de microplásticos.
Dados meteorológicos:
Todas as equipes utilizam sensores meteorológicos a bordo para medir a velocidade e a direção do vento, além da temperatura do ar.
Biodiversidade oceânica:
A equipe Biotherm trabalha em parceria com a Tara Ocean Foundation em um projeto de pesquisa experimental para estudar a biodiversidade oceânica durante a corrida.
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