Velejador Bruno Fontes vai para a sua terceira Olimpíada

A vela entrou cedo na vida do atleta, há quase 30 anos. O contato de Bruno com a futura profissão teve início em 1988, aos 8 anos de idade, nas primeiras competições pela classe Optimist, no Lagoa Iate Clube.

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-Comecei bem novo, éramos sócios do clube e eu acabei entrando na escolinha de vela por intermédio de um primo. Mas sempre fui apaixonado por esportes, antes disso já havia praticado judô e tênis. A predileção pela vela veio pelo contato com a natureza, que sempre foi algo que me chamou muito a atenção, velejar me traz uma sensação de liberdade – explica.

Apesar de gostar bastante do esporte, Bruno deu atenção aos estudos, fez faculdade e se formou em engenharia sanitária e ambiental pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em 2005. Naquele ano, sentiu que precisava fazer uma escolha entre ser engenheiro ou atleta, que era o sonho de menino. Foi então que se rendeu ao esporte.

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Três anos mais tarde, participou da Olimpíada de Pequim, na China e em 2012 disputou os jogos olímpicos de Londres. Já esteve entre os três melhores da categoria, foi campeão Sul-Americano no Chile, em 2013, pentacampeão brasileiro e heptacampeão catarinense. Atualmente está entre os 15 melhores do ranking mundial.

(Foto: Leo Munhoz / Agencia RBS)

Experiência dentro do mar

Bruno Fontes vai para a terceira Olimpíada e está com boas expectativas para o Rio 2016. Ele mantém o sonho de estar em mais uma edição dos jogos olímpicos e, se não for competindo como atleta, garante que participará como técnico:

-Hoje sou atleta reserva do Robert Scheidt, a seletiva do Brasil foi por escolha e a vaga ficou com ele até pela história dele no esporte. Fui convidado para ser técnico da China e Trinidad e Tobago. Estarei na Olimpíada de alguma maneira, preciso dar a resposta até dois dias antes dos jogos – conta o velejador.

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Bruno explica que o compromisso dele é ser atleta e que conquistar uma medalha em casa seria o coroamento de uma carreira de quase 30 anos. Porém, é praticamente impossível uma desistência de Scheidt. Isso faz com que o velejador incline-se ainda mais a aceitar o convite para treinar outras seleções. Ele já tem experiência de trabalho com a velejadora chinesa, que é a atual campeã olímpica. O conhecimento de Bruno nas águas cariocas faz dele um grande coach.

-Me sinto bem com a possibilidade de ser técnico porque o Brasil não tem chance de medalhas nessa categoria. E ainda que tivesse, eu seria mais um olho dentro da água tentando ajudar os nossos velejadores – rebate.

Clique na imagem abaixo e veja as histórias dos outros condutores da tocha olímpica em SC:

Quando questionado sobre o futuro, o atleta garante que se sente ¿um garoto¿ e que planeja encerrar a carreira em 2020, na Olimpíada de Tóquio. Sua dedicação aos treinos garantiu uma carreira de poucas lesões, ponto favorável para mais quatro anos em atividade. Ele planeja terminar o ciclo como atleta no Japão e vislumbra boas chances de medalha, a não ser que surja um talento nos próximos anos.

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Experiente dentro e for a das águas, Bruno Fontes espera maior engajamento das pessoas com a Olimpíada que está por vir. Segundo ele, é uma pena porque os jogos são tão importantes mundialmente e as pessoas poderiam aproveitá-los de uma maneira melhor.

-Espero que a Olimpíada seja um ponto de partida para um novo horizonte para o nosso país – completa.