Os veleiros que disputam a Volvo Ocean Race foram para o mar, nesta quinta-feira, no treino oficial que antecede a regata In-Port, marcada para sábado. Juntas, as velas das equipes Abu Dhabi, Alvimedica, Brunel e SCA coloriram a costa em uma competição que não valeu pontos _ mas foi suficiente para testar a perícia dos velejadores e demonstrar a força de seus barcos.

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Com sete velas a bordo, o design dos veleiros permite total aproveitamento do vento. E enquanto ele sopra forte, sobra trabalho no lado de dentro da embarcação.

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Acompanhamos a Pro-Am dentro do Azzam, o veleiro da equipe Abu Dhabi _ a atual líder da Volvo Ocean Race. A bordo, a ação é orquestrada: a um sinal do comandante a tripulação iça as velas e se movimenta de um lado para outro do barco com precisão cirúrgica, necessária para que a embarcação faça proveito adequado do vento.

E isso inclui, em alguns momentos, fazer o casco “deitar” sobre a água. A equipe fica toda no lado de cima, como contrapeso, enquanto embaixo a grade lateral chega muito perto do mar, a ponto de ser possível enxergar a quilha lateral sob a água. É quando o barco ganha mais força e alcança maior velocidade.

Força e estratégia

A bordo os principais elementos são força e estratégia, e a tripulação não para um só minuto. A equipe se divide entre o olho no mar, a atenção ao vento e as mãos no regulador de velas.

Uma regata interna como esta é tão diferente da travessia de longa distância quanto, no atletismo, uma prova de 100 metros rasos é diferente de uma maratona. O veleiro precisa contornar as boias instaladas pela organização e vence quem chega mais rápido ao final. Para fazer com que um gigante de 19 metros movido pelo vento obedeça aos comandos, o foco dentro do barco é total.

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A comunicação é igualmente intensa. Ian Walker, dono de duas medalhas olímpicas na vela, é o comandante. E como um bom britânico, comanda a equipe feito um gentleman _ com direito a pedidos de desculpa quando a opção de vela que escolheu se mostra ruim.

No vaivém entre as boias as equipes se cruzam. Algumas vezes, perto o suficiente para que os velejadores de uma e outra se olhem nos olhos _ é para dar frio na barriga de quem assiste à disputa.

A equipe Abu Dhabi, que foi a primeira a chegar a Itajaí, na tarde desta quinta-feira no treino oficial terminou em segundo lugar, logo após a norte-americana Alvimedica. Brunel e SCA ficaram em terceiro e quarto, respectivamente.

As equipes voltam à água nesta sexta-feira para mais dois treinos oficiais e devem estar afiadas para o trajeto até sábado, na regata In-Port. O próximo compromisso, então, será a partida.

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Curiosidade

Atual líder da Volvo Ocean Race, a Abu Dhabi chama seu veleiro de Azzam. Em árabe, quer dizer determinação.

Classificação geral da regata até aqui*:

1º Abu Dhabi Ocean Racing – 9 pontos

2º Dongfeng Race Team – 16 pontos

3º Team Brunel – 18 pontos

4º Mapfre – 18 pontos

5º Team Alvimedica – 19 pontos

6º Team SCA – 29 pontos

7º Team Vestas Wind** – 36 pontos

*Quem tiver o menor número de pontos vence. Isto porque a pontuação corresponde à ordem de chegada. Quem chega em 1º lugar recebe um ponto e quem chega em 6º, seis.

** Equipe está fora da competição desde que encalhou rumo a Abu Dhabi e pretende retornar na etapa de Lisboa.