A etapa que trouxe a The Ocean Race a Itajaí foi considerada a maior e mais difícil da história da competição. Os atletas passaram mais de um mês em alto mar e percorreram 12.750 milhas náuticas – mais de 20 mil quilômetros até chegar a Santa Catarina. Em água, os barcos enfrentam condições extremas e a competição leva ao limite veleiros e velejadores. E, em terra, enquanto a equipe de velejadores descansa, os veleiros passam por uma força tarefa de manutenção.

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A equipe técnica entra em ação, analisa e prepara as embarcações de ponta a ponta, em um espaço dentro da Vila da Regata.

– Os velejadores nos relatam os danos e nosso trabalho é consertar e preparar o barco em um tempo muito curto para que esteja pronto para navegar e no melhor desempenho possível – explica o chefe de manutenção da Biotherm, Andrea Crocella.

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Nesta edição da regata, o modelo dos barcos é o Imoca 60, que é capaz de viajar 600 milhas náuticas – mais de 1,1 mil quilômetros – em 24 horas. A tecnologia das embarcações, apesar de muito resistente, dificulta o processo de manutenção.

– Os barcos são empurrados para cima com muita força, por isso tem um alto nível de tecnologia. Também são muito, muito otimizados em termos de peso. São leves e performáticos. Mas, o mar costuma ser mais forte que a tecnologia – diz Crocella.

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As culturas que se ligam pela regata The Ocean Race em Itajaí

O conserto de uma das velas, por exemplo, pode levar dias entre ajustes manuais e em uma supermáquina de costura.

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– Na última perna que a gente teve, da África do Sul para o Brasil, a gente teve um dano muito grande e passou só dois dias fazendo os reparos principais, verificando todos os cabos e todos os nós – explica o especialista em reparo de velas da 11th Hour Racing Team, J.M.

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Após reparos, barcos voltaram à agua nos últimos dias, em Itajaí (Foto: Luiz Carlos de Souza, NSC TV)

Agora, as embarcações posicionadas em água sinalizam que tudo está pronto. Ao longo da última semana, os veleiros foram testados nas regatas Pro-Am. As provas são de integração entre equipes, patrocinadores e convidados e, por isso, não contabilizam pontos para a classificação geral da regata. Na sexta-feira, dia 21, a In-port Race (uma regata no litoral de Itajaí) antecede a largada para a próxima etapa.

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A perna quatro, como é chamada a próxima etapa da competição, tem largada no domingo, dia 23, às 13h. Será quando os cinco barcos pegam os bons ventos rumo a Newport, na Costa Leste dos Estados Unidos. De acordo com a organização, a estimativa é que os barcos cheguem à cidade norte-americana no dia 10 de maio.

Dos EUA, os velejadores partem rumo a Arhus, na Dinamarca, depois navegam até Haia, na Holanda, e, por fim, velejam até Genova, na Itália, parada final. A estimativa é que eles cheguem ao litoral italiano no dia 25 de junho.

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*Reportagem de Morgana Fernandes.

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