O grupo que assina o projeto que equipara aborto a homicídio é composto por 21 parlamentares homens e 12 mulheres. Entre os 30 deputados, estão os catarinenses Rafael Pezenti (MDB) e Julia Zanatta (PL). As informações são do Uol.

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O Projeto de Lei 1904/24 teve a tramitação aprovada em caráter de urgência na quarta-feira (12). O texto altera o Código Penal e estabelece a aplicação de pena de homicídio simples para casos de aborto acima de 22 semanas de gestação. A proposta também vale para casos de estupro, em que a prática será criminalizada se for realizada após a 22ª semana. Atualmente, a lei brasileira não prevê um limite máximo para interromper a gravidez de forma legal.

Caso aprovado, o PL determina a pena nos seguintes casos:

  • quando a gestante provoque o aborto em si mesma ou consinta que outra pessoa faça o aborto: a pena passa de prisão de 1 a 3 anos para 6 a 20 anos;
  • quando o aborto for provocado por terceiro com ou sem o consentimento da gestante: pena para quem realizar o procedimento passa de 1 a 4 anos para 6 a 20 anos, enquanto hoje a penalidade fixada é de 3 a 10 anos.

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Veja quem são os deputados que assinam o projeto

  • Autor: Sóstenes Cavalcante (PL-RJ)
  • Evair Vieira de Melo (PP-ES)
  • Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP)
  • Gilvan da Federal (PL-ES)
  • Filipe Martins (PL-TO)
  • Dr. Luiz Ovando (PP-MS)
  • Bibo Nunes (PL-RS)
  • Mario Frias (PL-SP)
  • Delegado Palumbo (MDB-SP)
  • Ely Santos (REPUBLICANOS-SP)
  • Simone Marquetto (MDB-SP)
  • Cristiane Lopes (UNIÃO-RO)
  • Renilce Nicodemos (MDB-PA)
  • Abilio Brunini (PL-MT)
  • Franciane Bayer (REPUBLICANOS-RS)
  • Carla Zambelli (PL-SP)
  • Dr. Frederico (PRD-MG)
  • Greyce Elias (AVANTE-MG)
  • Delegado Ramagem (PL-RJ)
  • Bia Kicis (PL-DF)
  • Dayany Bittencourt (UNIÃO-CE)
  • Lêda Borges (PSDB-GO)
  • Junio Amaral (PL-MG)
  • Coronel Fernanda (PL-MT)
  • Pastor Eurico (PL-PE)
  • Capitão Alden (PL-BA)
  • Cezinha de Madureira (PSD-SP)
  • Eduardo Bolsonaro (PL-SP)
  • Pezenti (MDB-SC)
  • Julia Zanatta (PL-SC)
  • Nikolas Ferreira (PL-MG)
  • Eli Borges (PL-TO)
  • Fred Linhares (REPUBLICANOS-DF)

O que dizem os parlamentares

Os deputados que assinam o PL defendem que, quando o Código Penal foi promulgado, “se o legislador não colocou limites gestacionais ao aborto, não foi porque teria querido estender a prática até o nono mês da gestação”.

O texto ainda justifica que: “Em 1940, quando foi promulgado o Código Penal, um aborto de último trimestre era uma realidade impensável e, se fosse possível, ninguém o chamaria de aborto, mas de homicídio ou infanticídio”.

Já a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP), que representa oposição ao projeto, criticou a aprovação que, segundo ela, criminaliza crianças e adolescentes vítimas de estupro. Sâmia ainda disse que mais de 60% das vítimas de violência sexual no país têm menos de 14 anos. “Criança não é mãe, e estuprador não é pai”, defendeu, conforme o Uol.

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