Antes mesmo de planejar como quitar débitos, o consumidor deve refletir sobre o que o levou àquela situação. Isso porque independentemente de crise, sempre há endividados, pessoas que gastam mais do que ganham por diversos motivos.
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– Nesse grupo de devedores permanentes , tem gente que não sabe se organizar com dinheiro e também tem gente que vive um padrão irrealista, quase sempre pelo desejo de causar nos outros uma boa impressão. – explica a educadora financeira Cássia D¿Aquino.
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A educação financeira de qualidade, diz Cássia, é fazer com que a pessoa reflita sobre o que é melhor para ela, ensiná-la a fazer escolhas. Claro que isso não é fácil. Quitar as dívidas é um caminho longo, que exige disciplina e paciência. O DC conversou com educadores financeiros para estabelecer um passo a passo de como fazer isso.
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1. Encare os fatos e não se sabote
É preciso aceitar a situação. Negá-la só causará mais problemas. Segundo a educadora financeira, há uma série de autoenganos dos quais se faz uso: ¿Quem não faz dívida?¿ ou ¿Tá todo mundo endividado¿. E quanto mais o tempo passa, mais difícil vai ficando a situação.
De acordo com Cássia, um erro comum é deixar a dívida com o banco rolar e se acumular, por acreditar que depois conseguirá negociar por um valor muito baixo. Isso só leva o devedor a ficar com a mancha de mau pagador no currículo.
2. Liste tudo o que deve
O devedor deve listar todas as dívidas que possui, todas as contas atrasadas, inclusive com parentes.
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– Fazer esse levantamento é uma coisa muito dolorosa, mas necessária. – diz D¿Aquino.
Segundo a educadora financeira Annalisa Dal Zotto, da Par Mais (empresa de planejamento financeiro), é preciso saber quanto tomou de dinheiro emprestado e qual a taxa de juros de cada dívida. Assim, é possível saber qual é a dívida mais cara e qual é a mais barata.
3. Troque dívidas caras por outras mais baratas
Quem tem dívidas com juros altos, pode tentar negociar junto ao banco uma troca da linha de crédito em uso por outra mais em conta.__Você não precisa ficar com o cheque especial (que está com 270% de juros). Pode trocar o limite no cheque especial por um crédito mais barato, como o consignado ou o CDC – diz Annalisa.
4. Estabeleça um plano de pagamentos realista
Não adianta achar que aquelas contas que se acumularam irão ser pagas em dois ou três meses. Por mais que o consumidor esteja ansioso para se livrar daquilo, não vai adiantar se comprometer com parcelas que não conseguirá pagar. Isso criará ainda mais problemas junto aos credores. O certo é levantar tudo que entra e tudo que gasta, e ter um controle das parcelas de pagamento da dívida.
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5. Pague primeiro as dívidas de serviços essenciais
Dê preferência aos serviços essenciais, que podem ser cortados caso não sejam pagos, como contas de luz, telefone, água e gás.
6. Aprenda a ter controle
É imprescindível ter controle financeiro para não cair de novo no endividamento. É como o efeito sanfona de quem faz dieta: se não houver uma verdadeira reeducação, a dívida volta.
– Quando você anota tudo que ganha e que gasta, você passa a gastar melhor – diz Annalisa.
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Para isso, a Par Mais tem planilhas e cursos on-line gratuitos, disponíveis no endereço www.parmais.com.br