Os serviços de transporte coletivo, educação e saúde não estarão atendendo nesta sexta-feira (14) em Florianópolis. Na Capital, os trabalhadores dessas categorias aderiram à paralisação contra a reforma da previdência desde as primeiras horas da manhã.

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A Greve Geral, anunciada no início do mês, mobiliza cidadãos em todo o país. Em Santa Catarina, a paralisação ocorre em determinados municípios, afetando pontualmente os serviços, conforme adesão de cada categoria.

Comércio

Rosângela Vieira Velho, 51 anos, há 10 anos tem uma lanchonete perto do Terminal de Integração do Centro (Ticen). De acordo com ela, o movimento diminuiu bastante ao longo desta sexta.

— Pelo menos uns 50% mais fraco. Mas essa não é a primeira greve que acompanhamos. Em comparação com as outras, está até mais tranquilo — disse.

Confira o trânsito de Florianópolis nesta sexta-feira de greve
(Foto: Gabriel Lain/Diário Catarinense)

Saúde

Conforme a Prefeitura de Florianópolis, 13 das 49 unidades de saúde estão sem atendimento nesta manhã. São elas: Cachoeira do Bom Jesus, Canto da Lagoa, Novo Continente, Ratones, Armação, Ponta das Canas, Jurerê, Centro.

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Confira o trânsito de Florianópolis nesta sexta-feira de greve
Centro de saúde da Trindade está com atendimento parcial nesta manhã (Foto: Thomas Braga/NSC TV)

Norte da Ilha: a UPA 24h atende apenas casos de urgência e emergência e o Centro de Saúde de Canasvieiras, ao lado da UPA, está com atendimento normal hoje. A situação é tranquila no local.

A professora Magna Maria Ramos, 42 anos, procurou a UPA na manhã desta sexta e não conseguiu atendimento. Ela está com uma gripe forte e acabou não passando pela triagem de emergência.

— Vou ter que procurar a rede particular. Uma gripe, coisa mais simples, não passa. Mas pelo menos os casos graves estão atendendo — comenta.

Veja os serviços afetados pela greve nesta sexta em Florianópolis
(Foto: Gabriel Lain/Diário Catarinense)

Sul da Ilha: Assim como a unidade do Norte, a UPA Sul está atendendo somente casos de urgência e emergência. Às 10h, a procura era baixa no local.

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O Pró-Cidadão está com atendimento normal em todas as unidades nesta sexta-feira segundo a Prefeitura.

Trânsito

Durante a manhã, o maior impacto da greve geral foi sentido no trânsito da Capital. Por conta da paralisação dos ônibus, muitas pessoas saíram de carro ou optaram por serviços de transporte por aplicativo e táxi.

As rodovias foram os locais que registraram o maior acúmulo de veículos, causando lentidão e congestionamento em determinados pontos. No Centro, o fluxo de veículos era menor do que o habitual, assim como no calçadão, onde havia bem menos gente circulando em comparação com dias normais.

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Veja também o que os usuários do Waze estão relatando no aplicativo:

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Transporte Coletivo

Sul da Ilha: Às 10h, o Terminal de Integração do Rio Tavares (Tirio) estava vazio por conta da paralisação dos ônibus.

A sub-gerente Hevelin França Campão, de 24 anos, esperava por uma das vans em um ponto de ônibus da SC-405, próximo ao Rio Tavares. Ela conta que está ali há 40 minutos e até agora nenhum veículo apareceu. Ela trabalha no Centro.

— Vou esperar mais meia hora. Aí vou ter que ligar para minha empresa e ver o que vou fazer — lamentou.

Centro: Por volta das 7h30min, fiscais do Terminal de Integração do Centro (Ticen) prestavam apoio para quem tinha dúvidas sobre a paralisação do transporte coletivo e dos pontos das vans.

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Pessoas que estavam em frente ao local afirmaram que já sabiam da greve e, por isso, se programaram para usar meio alternativos.

Veja os serviços afetados pela greve nesta sexta em Florianópolis
Funcionários do Ticen conversam com usuários do transporte coletivo sobre a paralisação (Foto: Gabriel Lain/Diário Catarinense)

Dona Maria Gorete dos Santos, de 65 anos, é uma delas. Ela trabalha como diarista em Florianópolis e saiu cedo de Palhoça nesta sexta. Conseguiu carona com o cunhado para chegar a Capital. O carro veio cheio dessa vez por conta da paralisação no transporte coletivo.

— Na volta o filho da minha patroa vai me levar para casa. A gente já estava sendo avisado que teria greve desde semana passada. Tinha conversa dentro do ônibus, no terminal. Então a gente se preparou — disse Maria.

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Pessoas aguardavam transporte por aplicativo em frente ao Ticen (Foto: Gabriel Lain/Diário Catarinense)

Rosemari Braga, de 65 anos, acordou 5h30min nesta sexta para garantir um espaço em uma das vans que estão circulando pela cidade. Veio de van da Tapera, no Sul da Ilha, até o Centro. Por volta das 7h, esperava uma segunda van para o Norte da Ilha, na frente do camelódromo.

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— Já sabíamos que os ônibus iam parar hoje e posso chegar com calma no trabalho. No fim, dá tudo certo — contou.

O motorista de aplicativo Vilmar luiz Júnior, de 41 anos, costuma trabalhar de manhã. Hoje está sentindo os reflexos da greve, mas de uma maneira positiva para ele. Isso porque a manhã do motorista está bem mais movimentada que o normal.

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(Foto: Diorgenes Pandini/Diário Catarinense)

Norte da Ilha: Às 8h20min, o Terminal Integração Canasvieiras (Tican) estava vazio.

A zeladora Dulce Silva, de 49 anos, não pode pegar ônibus no Tican, mas a empresa que trabalha ofereceu transporte aos funcionários para está sexta. Apesar da alternativa, ela não estava muito contente com a paralisação.

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— Eu entendo a greve. Mas no fim, atrapalha muito a gente — lamenta.

Veja os serviços afetados pela greve nesta sexta em Florianópolis
Tican amanheceu sem movimentação de pessoas na manhã desta sexta (Foto: Gabriel Lain/Diário Catarinense)

Educação

Escolas municipais e Neims: Conforme a Prefeitura de Florianópolis, 15 escolas estão fechadas nesta sexta por conta da paralisação. A Escola de Ensino Médio Jaco Anderle, no Norte da Ilha, é uma das que amanheceu com os portões fechados. Hoje os estudantes não tiveram aula dentro da instituição.

Quatro escolas municipais estão com aulas normais nesta sexta-feira: Antônio Paschoal Apóstolo, Costa de Dentro, Lupércio Belarmino da Silva e Marcolino José de Lima.

Outras sete funcionam de maneira parcial: Adotiva Liberato Valentim, Batista Pereira, João Alfredo Rohr, João Gonçalves Pinheiro, José Jacinto Cardoso, Maria Tomázia Coelho e Osvaldo Galupo.

Em relação aos Núcleos de Educação Infantil Municipais (Neims), 25 estão sem atendimentos. Outros 19 atendem parcialmente e apenas um, da Costa de Dentro, esta funcionando normalmente.

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Escolas estaduais: De acordo com a Secretaria de Estado da Educação, 90 escolas funcionam com aulas parciais nesta sexta. Foi contabilizada a ausência de aproximadamente 20 mil estudantes e 640 profissionais.

Na Grande Florianópolis, cerca de 14 mil alunos e 393 profissionais não comparecerem às unidades segundo a Secretaria.

Udesc: Por volta das 6h, estudantes, professores e funcionários já estavam reunidos dentro da universidade. Uma faixa sobre a greve geral e cadeiras foram colocadas em frente ao portão da unidade. Às 7h, alguns funcionários que foram trabalhar não conseguiram entrar e aguardavam para voltar para casa novamente.

Confira o trânsito de Florianópolis nesta sexta-feira de greve
(Foto: Gabriel Lain/Diário Catarinense)

Bancos

Às 7h, trabalhadores das agências bancárias se reuniram na região central da Capital. As unidades não abrirão nesta sexta-feira. Entretanto, os caixas eletrônico anexos às unidades seguem funcionando normalmente.

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Em nota, o Sindicato dos Bancários de Florianópolis e Região anunciou que a categoria participaria da paralisação nacional, conforme assembleia realizada no dia 6 de junho.

Confira o trânsito de Florianópolis nesta sexta-feira de greve
(Foto: Gabriel Lain/Diário Catarinense)

No Centro, trabalhadores sindicalistas se reuniram em frente às agências do entorno da Praça XV de Novembro — duas do Banco do Brasil, uma do Santander, uma do Bradesco e uma do Itaú — e da unidade do Banco do Brasil da rua Tenente Silveira. Eles estão orientando os usuários sobre os bancos mais próximos que podem ser utilizados e conscientizando a população sobre a pauta da greve nacional.

Correios

O atendimento no balcão da agência dos Correios, em frente à Praça XV, ocorreu normalmente durante a manhã apesar de parte dos trabalhadores terem aderido à greve.

Não houve registro de fila no local.

Recolhimento de lixo

Nesta sexta não haverá coleta de lixo pela Comcap. A orientação é que os moradores deixem para colocar o lixo nas ruas sábado, dia em que o serviço deve retornar normalmente.

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Comcap
Por volta das 6h, um carro foi colocado atravessado em frente ao portão da Comcap. (Foto: Divulgação)

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