As planilhas apreendidas pela Polícia Federal e que estavam com o presidente da Odebrecht, Benedicto Barbosa Silva Júnior, mostram que alguns políticos suspeitos de ter recebido propina da empreiteira possuem apelidos, alguns generosos, outros nem tanto. Em um dos documentos revelados na terça-feira pela Operação Lava-Jato, ao lado do nome da deputada estadual Manuela d’Ávila (PCdoB), por exemplo, está escrito “Avião” na coluna “Codinome”. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), é chamado de “Atleta”, o ex-presidente José Sarney (PMDB), de “Escritor”, e o senador Lindbergh Farias (PT) é citado como “Lindinho”.

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Apelidos com conotação menos favorável são atribuídos a Jarbas Vasconcelos Filho (PMDB-PE), chamado de “Viagra”, ao prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), o “Nervosinho”, e ao senador Humberto Costa (PT-PE), citado como “Drácula”.

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), é chamado de “Caranguejo”, o ministro Jaques Wagner, chefe do Gabinete Pessoal da presidente Dilma Rousseff, é o “Passivo”, e o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), é chamado de “Proximus”. O secretário do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do RS, Fabio Branco (PMDB), também aparece na lista, com o apelido de “Colorido”.

Veja outros apelidos:

Deputado estadual Adão Villaverde (PT-RS): Eva

Carlos Todeschini (PT-RS): Alemão

Deputado estadual Tarcísio Zimmermann (PT-RS): Irmão

Prefeito de Canoas, Jairo Jorge (PT-RS): Nordeste

Prefeito de Porto Alegre, José Fortunati: Rico

Deputado estadual Marcelo Nilo (PDT-BA): Rio

Deputado federal Daniel Almeida (PCdoB-BA): Comuna

Deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE): Bruto

Deputado federal Arthur Maia (PMDB-BA): Tuca

Deputado estadual Jorge Picciani (PMDB-RJ): Grego