No mercado, os produtos estão mais caros. A sensação dos consumidores é de que o dinheiro, cada vez mais, tem perdido o seu valor. Nos últimos 10 anos, o pagamento do salário mínimo não acompanhou o aumento de preços, segundo dados da Dieese. 

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Enquanto a cesta básica teve um aumento de 189% neste período, o salário mínimo cresceu apenas 99%. O Diário Catarinense fez essa comparação em um mercado de Florianópolis para mostrar o poder de compra atual do consumidor na Capital catarinense. 

Em 10 anos, cai 37% número de alimentos que podem ser comprados com R$ 100 em SC; compare carrinhos

Em um carrinho, com preços de 2012, foram colocados 7 litros de leite, 5kg de feijão, 4kg de arroz, 3kg de farinha, 1kg de café, 3 óleos de 900g, 1 manteiga e 3kg de açúcar. O valor dessa compra ficou em R$ 100,12. Já em outro, com preços de 2022, havia apenas 7 litros de leite, 4kg de feijão e 4kg de arroz, que deixou a compra em R$ 95,19.

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Na comparação do DC não foram incluídos vegetais, frutas e pão. 

Na comparação com preços de 2012, grande parte dos produtos foram tirados do carrinho
Na comparação com preços de 2012, grande parte dos produtos foram tirados do carrinho (Foto: Tiago Ghizoni, DC)

Nos produtos da cesta básica sugeridos pela Dieese estão leite (7l), feijão (4kg), arroz (3kg), farinha (1,5kg), açucar (3kg), óleo (900), manteiga (750g), batata, banana, pão e tomate.

Segundo o supervisor técnico do Dieese em Santa Catarina, José Álvaro Cardoso, o aumento nos preços dos produtos é sentido por 90% da população. 

— Quanto menos o trabalhador ganhar, mais peso vai fazer esses aumentos. Agora, o preço da cestas básica é maior do que metade do salário mínimo. Essa relação é muito pesada, bastante acima de 50% e o salário deveria suprir as necessidades básicas de uma família. Isso está em constituição — diz.

Confira a diferença de preço entre os anos analisados

Tabela mostra diferença dos preços de produtos em 2012 e 2022
Tabela mostra diferença dos preços de produtos em 2012 e 2022 (Foto: DC)

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