Wilson Macário Alves, o Dedé, 28 anos, principal suspeito de cometer o triplo homicídio de jovens na Guarda do Embaú, em Palhoça, na Grande Florianópolis, no mês passado, está foragido da Justiça.

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Ele teve a prisão temporária decretada na terça-feira. Dedé é lembrado por policiais da Grande Florianópolis pelas investigações do tráfico de drogas e também pela dificuldade de algemá-lo a cada prisão.

Numa delas, em 2009, policiais da Deic não conseguiram colocar as mãos e a algema para trás em razão de seu porte físico forte. Os agentes então prenderam as algemas com as suas mãos para frente do corpo.

A prisão foi em 24 de novembro de 2009, na Guarda do Embaú, quando portava pequena quantidade de maconha. Ele ficou menos de dois meses preso, foi solto e o processo arquivado.

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A sua condenação por tráfico de drogas é de outubro de 2005, quando pegou oito anos de prisão e cumpriu a pena. A liberdade saiu em maio do ano passado. Em 2004, na Ponte do Imaruim, em Palhoça, em um galpão abandonado, se envolveu em um tiroteio e acabou preso. A polícia suspeitou na época de desentendimento na partilha de produtos de roubo.

Esse comportamento de divisões e brigas chama a atenção de policiais. No mundo do crime, Dedé colecionaria rivais com facilidade. Isso por causa de traições e confusões originadas com os supostos comparsas.

A polícia não descarta que agora, no triplo homicídio, Dedé tenha novamente se desentendido ou traído conhecidos em busca de dinheiro. O DC não teve acesso à defesa de Dedé nem ao seu advogado.

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Denúncias

Informações sobre o destino de Dedé podem ser dadas ao disque-denúncia da Polícia Civil (181) ou à Polícia Militar (190).

Os assassinatos em Palhoça

No final da tarde de quarta-feira (29 de maio), Júlio Cesar Thibes, Augusto Moreira das Chagas e Gabriel de Oliveira, moradores do Morro do Horácio, em Florianópolis, dizem a familiares que vão até a praia da Pinheira, em Palhoça, negociar a compra de um terreno. Júlio dirige o carro, um Astra, e leva R$ 10 mil em dinheiro. Eles não retornaram e os familiares avisaram a polícia do desaparecimento.

Na noite de quinta-feira (30 de maio), pescadores encontraram o Astra jogado no Rio Capivari, na Praia da Pinheira. Nada havia sido roubado. Segunda-feira à tarde, em buscas na estrada que leva à Guarda do Embaú, policiais souberam que moradores escutaram movimentação de carros e tiros à noite na semana passada. Foi então que encontraram um boné com sangue e três pás.

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Na manhã de 4 de junho, em novas buscas nas dunas da Guarda do Embaú, quatro PMs encontraram os corpos. O lugar fica a 200 metros das margens da estrada que leva à Guarda, ao lado do Rio da Madre e a cinco quilômetros do local em que o Astra foi abandonado. A polícia suspeita que os três foram executados nas dunas, e o carro levado para a Pinheira para despistar.