O Rio Araranguá, o principal ponto turístico natural da cidade de Araranguá, no Sul de Santa Catarina, recebeu mais de 30 canoístas para o segundo Desafio da Madrugada, nessa sexta-feira (18). Com participantes de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo, a prova contou com 50 quilômetros de remada e cinco de trilha terrestre. Antes de todos partirem, Jorge Figueiredo, proprietário da empresa de turismo ProaSul e organizador do evento, falou sobre os perigos que o rio poderia oferecer.
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– A barra que liga o Rio Araranguá ao mar oferece sérios perigos, precisamos ter atenção. Remar à noite sempre pode guardar surpresas ao longo do percurso. Depois que entrarmos na água, não tem como voltar, é seguir remando – alerta Jorge.
No desafio foram utilizados caiaques oceânicos, que são adequados para esse tipo de travessia. Os canoístas iniciaram o trajeto próximo à área central de Araranguá, às 21h30 de sexta-feira.
Em meio a escuridão, os atletas mais experientes levavam luzes vermelhas e lanternas para iluminar o caminho para os novatos. Entre os canoístas de longa carreira, estava Leonardo Esch, de Maquiné, Rio Grande do Sul, que tem como profissão fotografia criminal e é canoísta há mais de 30 anos.
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– O mais importante é incentivar as pessoas a praticarem o esporte. Todos tem um começo, e pretendo auxiliar os novatos ou os mais inexperientes durante todo o percurso – conta Leonardo.
Por volta das 2h30 da madrugada de sábado (19), após 25 quilômetros de remada passando pela nova barra do Rio Araranguá, os desafiantes pararam para acampar em Balneário Ilhas, distrito da cidade. Ao amanhecer, os caiaques voltaram à água para retornarem rumo ao distrito de Balneário Morro dos Conventos, para a trilha terrestre. Neste momento, algumas pessoas desistiram do desafio. O trajeto por terra contou com dunas, lodo, falésias, caverna e mata característica do local.
A etapa final, após a trilha, foram mais 20 quilômetros remando de volta para a área central da cidade, onde os atletas chegaram por volta das 17h30, totalizando 20 horas de expedição. No retorno durante o dia foi mais fácil para os visitantes de outras cidades conhecerem mais sobre a flora que margeia o Rio Araranguá. Conforme a ProaSul, organizadora do desafio, o objetivo é realizar a terceira edição do evento em 2025.
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