O som das diferentes línguas dos trabalhadores da Volvo Ocean Race _ em sua maioria suecos, holandeses e noruegueses _ agora pode ser ouvido no pátio do Centreventos em Itajaí. Os primeiros 60 funcionários da regata chegaram ao município nesta semana e arregaçaram as mangas para deixar a chamada Vila da Regata pronta até 3 de abril, quando os portões serão abertos ao público.

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No pátio do Centreventos, sobre um piche ainda fresco, estão os traçados que aos poucos vão dar vida à Vila da Regata. A previsão do diretor de operações da Volvo Ocen Race, Adolfo Rodriguez Molina, é que a montagem da estrutura fique pronta em 2 de abril. Nos próximos dias outros 140 profissionais contratados pela competição devem chegar para ajudar na construção.

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Dos 112 contêineres que chegaram de Sanya (China) _ etapa que antecedeu Auckland (Nova Zelândia)_ no último domingo, 60 foram levados para a Vila da Regata. Ali estavam, por exemplo, estruturas para a construção do pavilhão da Volvo, onde serão expostos carros, caminhões e máquinas, e do Team SCA, que contará com atrações da única equipe feminina da regata. Na tarde desta quinta-feira, já era possível ver os esqueletos dos espaços. Molina explica que essas áreas são as que vão levar mais tempo para ficar prontas e devem ser concluídas no começo da próxima semana:

– Os contêineres são trazidos aos poucos para a vila. À medida que as estruturas vão sendo montadas, os contêineres vazios vão sendo levados para o porto. Não podemos trazer todos de uma vez porque ocupariam muito espaço no pátio. É um trabalho de muita logística.

Após a conclusão dos espaços da Volvo e da SCA, os trabalhadores iniciam a construção do pavilhão da Mapfre, que é a outra equipe que vai ter uma área promocional.

Entre as atrações que estão quase prontas está o circuito infantil, que tem por objetivo educar as crianças para o trânsito. No espaço, os pequenos vão poder andar em miniaturas de carros e caminhões da Volvo. De acordo com Molina, a atração é uma das mais procuradas.

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A infraestrutura da Vila da Regata incluiu ainda a nova pintura do píer, onde os seis veleiros que disputam a etapa ficarão atracados, e a dragagem do rio nesse local, necessária para amenizar o assoreamento causado pela entrada dos navios de carga no canal do Itajaí-Açu.

Vila terá uma oficina para os seis veleiros

Esta é a primeira edição da regata em que a parte mecânica dos veleiros é igual. O diretor de operações da Volvo Ocean Race, Adolfo Rodriguez Molina, conta que a Vila da Regata vai ter um pavilhão apenas para os reparos dos barcos.

– Somente o pessoal da Volvo pode mexer na parte mecânica dos veleiros. E, pela primeira vez, os capitães das equipes estão autorizados a entrar nos barcos das equipes adversárias para se certificar que todos estão funcionando da mesma forma – esclarece.

Cada equipe vai contar ainda com a sua oficina. Segundo Molina, o espaço serve para os times traçarem as suas estratégias para as regatas e também como local de apoio, onde eles se alimentam.

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Equipe está encantada com Itajaí

O diretor de operações da Volvo Ocean Race, Adolfo Rodriguez Molina, pela primeira vez em Itajaí, está encantado com a cidade.

– É um lugar magnífico, de pessoas muito boas – disse.

Ele também está bastante satisfeito com a equipe da Itajaí Stopover.

– Não encontramos uma equipe tão competente e preparada para resolver os problemas que surgem durante a preparação. É muito importante buscar as soluções – observa.

Obras do comitê da Volvo em Itajaí estão adiantadas

As obras de responsabilidade do comitê da Regata de Volta ao Mundo em Itajaí estão bastante adiantadas. O restaurante da Vila da Regata, situado no píer, recebeu uma cobertura de lona nova. As duas praças de alimentação também já estão em fase final. Os contêineres que servirão de base para cada um dos oito restaurantes temáticos _ quatro em cada praça _ estão devidamente posicionados.

Conforme o secretário de Turismo de Itajaí, Agnaldo Hilton Santos, 200 pessoas, entre brasileiros, haitianos e nigerianos trabalham para deixar a estrutura pronta.

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O itajaiense Leandro Agostinho Bento, 32 anos, trabalha pela segunda vez na construção da Vila da Regata. Em 2012 ele ajudou na construção do planetário. Neste ano, ele está fazendo reparos na estrutura, como a pintura do espaço.

– Trabalhando na montagem da vila, a gente acaba se sentindo parte do evento – revela orgulhoso.