De olho nas festas de final do ano, o jornal “A Notícia” percorreu quase 100 quilômetros de rodovias que levam às praias mais visitadas do Norte do Estado. A proposta era conferir a condição das estradas mais usadas pelos visitantes e moradores.

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Para o verão de 2015-2016, a boa notícia é que quem pretende visitar a região de São Francisco do Sul não deve encontrar problemas em relação à qualidade da rodovia. Isso porque, recentemente, a Prefeitura da cidade realizou a “Operação Pós-Chuva” em parceria com o Governo do Estado nos acessos às praias do Ervino, Capri, Ubatuba e Enseada, além do acesso ao Centro Histórico.

Na operação, um dos principais focos do trabalho foi fazer a manutenção na SC-415, que dá acesso às praias e que, de acordo com a Secretaria de Infraestrutura de São Francisco, teve trechos comprometidos em razão das chuvas dos últimos meses.

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Situação parecida ocorreu na Estrada Geral do Forte e em alguns trechos de vias na região das praias. Nos acessos à praia do Ervino, Balneário Barra do Sul e Itapoá, o maior problema são as filas, quase que rotineiras para quem está acostumado a frequentar essas praias. Para piorar, há um grande movimento de caminhões na temporada de verão por causa dos portos Itapoá e de São Francisco do Sul.

Nessas regiões, a BR-280 ainda não está duplicada. O mesmo ocorre com o contorno de Garuva, que poderia aliviar o tráfego para acesso à Itapoá, mas ainda não tem previsão de conclusão.

Confira a situação das estradas do Norte do Estado:

BR-280

O trecho de 37 quilômetros da BR-280, entre Araquari e São Francisco do Sul, parte que concentra o maior gargalo da rodovia, vai testar a paciência dos motoristas mais uma vez. Embora o trecho tenha recebido serviço de recapagem e de reforço na sinalização horizontal recentemente, a principal preocupação é pelos pontos de retenção de tráfego, tanto em função dos radares no trecho, quanto pelos pontos de travessia urbana.

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Para quem sai de Joinville, o encontro da rua Waldomiro José Borges com a BR-280, no Itinga, em Araquari, é outro ponto de lentidão e congestionamento. Quem segue pela rodovia federal em direção a São Francisco tem a preferência no trevo, enquanto que quem vem pela via municipal precisa parar, provocando filas nos dias mais críticos.

SC-474 – Entrada de Barra do Sul

Na SC-474, uma rodovia relativamente nova, as condições da estrada não devem atrapalhar os motoristas, mesmo porque o fluxo de veículos pesados no trecho é pequeno. O trecho é bem sinalizado em todo o percurso que leva ao balneário, e a tranquilidade do trânsito no local também pode proporcionar um roteiro pacífico, bem diferente da BR-280.

No final da rodovia, no acesso à Barra do Sul, contudo, o asfalto termina e o motorista deverá enfrentar lentidão por causa dos buracos que aparecem sem aviso. Para quem escolher Barra do Sul como roteiro de fim de ano, é importante lembrar que embora a rodovia de acesso esteja em boas condições e pouco esburacada, o acostamento – ou a falta dele – pode ser um inimigo do motorista que precisar parar o veículo à beira da estrada.

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Isso porque o trecho quase não possui áreas para esta finalidade, deixando o motorista vulnerável de pontos onde não haja tanto mato, ou lama, para tirar o carro da pista. Outra opção de acesso é a Estrada do Itapocu, que faz a ligação do balneário com a BR-101. O acesso pela estrada fica logo após o posto Sinuelo, e o trecho está inserido no projeto da Rota do Encanto, uma alternativa para o gargalo da BR-280.

Acesso Praia do Ervino – Estrada da Gamboa e Estrada Geral da Gamboa

Para os motoristas que escolherem o Ervino como destino neste verão, a Estrada da Gamboa e a Estrada Geral da Gamboa, vias que dão acesso ao balneário, devem proporcionar uma viagem tranquila. Bem sinalizados, os trechos dificilmente atraem caminhões – não é rota de nenhuma grande empresa ou porto – e, por causa da pavimentação recente, buracos são realmente raridade.

O acostamento é garantido em todo o percurso, e o único ponto de maior atenção é o trecho da Estrada da Gamboa logo após o acesso pela BR-280, onde o fluxo de pedestres é mais intenso graças às pequenas comunidades ali instaladas. Por isso, há várias lombadas no percurso. No encontro com a Estrada Geral da Gamboa, o cruzamento com o trilho de trem pode causar lentidão no tráfego, mas daí em diante, o motorista não deve encontrar mais problemas.

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Apesar de bem sinalizado, o trecho é inóspito, há poucas casas no percurso até o Ervino. No caso de problemas com o veículo, a melhor opção é utilizar o acostamento e esperar a ajuda de outros motoristas que trafegam por ali, pois o auxílio mais próximo pode ficar há alguns quilômetros de distância.

Entrada do Centro Histórico

Na entrada para o Centro Histórico de São Francisco do Sul, radar, passagem de linha férrea, travessia de pedestres, o acesso ao ferryboat da Estrada Laranjeiras e a rotatória do encontro da BR-280 com a avenida Nereu Ramos, são fatores que se acumulam para a retenção do tráfego. Região famosa pelos portos secos e pelo intenso tráfego de caminhões, o acostamento aqui também é um problema, embora as condições da rodovia e do asfalto estejam adequadas.

Acesso à Praia do Forte e do Capri – Estrada do Forte

No trecho da rodovia Duque de Caxias que leva às praias do Forte e do Capri, os trabalhos recentes do governo municipal de operações pós-chuva conseguiram eliminar boa parte dos buracos mais perigosos.

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Com fluxo intenso de pedestres, o percurso também deixa à desejar nos acostamentos – não que ele não exista, mas como é utilizado com frequência por caminhões, está em péssimas condições e, no caso de chuva, o motorista vai se deparar com lama por todos os lados.

Na região de Iperoba, muitos comércios e a comunidade local tornam o trecho um ponto de atenção, além do posto de fiscalização da Polícia Rodoviária Federal, onde os motoristas reduzem a velocidade e engarrafamentos podem surgir.

Daí em diante, o acesso às praias já é bastante urbanizado, e com exceção da alta temporada, o motorista não deve enfrentar tráfego muito intenso de veículos, embora o acostamento continue sendo um problema à parte.

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Acesso à Ubatuba e Enseada (Rodovia Duque de Caxias)

Para quem escolher as praias de Ubatuba ou da Enseada como destino, a realidade da rodovia não será muito diferente dos acessos às praias do Forte e do Capri. Isso porque o trecho inicial da rodovia Duque de Caxias é o mesmo para todos os destinos.

A diferença é que aqui o motorista ainda precisa atravessar todo o trecho entre o acesso ao Forte e o acesso à Ubatuba, onde a via, apesar de pouco sinalizada, não oferece riscos além do fluxo intenso de pedestres indo ou voltando da praia.

Já no trecho principal de acesso à praia da Enseada, a realidade mudou pouco em relação aos últimos anos: a ponte que divide as duas praias ainda é um dos maiores pontos de congestionamento e, dai em diante, o fluxo urbano de uma das praias mais visitadas no verão não deixa o motorista escapar de algumas horas esperando para chegar ao destino

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Acesso a Itapoá – SC-416 e SC-417

Um dos destinos favoritos de turistas paranaenses, o acesso à Praia de Itapoá é também uma das situações mais críticas. O trecho sofre constantemente com buracos, o que aumenta o risco de acidentes nas rodovias SC-417, que começa em Garuva e vai até o limite do Estado, e SC-416, que leva a Itapoá sem precisar entrar no Estado vizinho, como acontecia antigamente.

A SC-416 é bastante usada por caminhões porque é rota para o porto. A SC-417, que depois se transforma em PR-412, é acesso para a cidade de Guaratuba e muito frequentada no verão. Em muitos trechos, os buracos atrapalham os motoristas e há pouco espaço para o acostamento.

Na região, o governo do Estado constrói o chamado Contorno de Garuva para aliviar o trânsito, mas não há previsão de término. A SC-417 corta o Centro de Garuva e um sinaleiro instalado próximo à BR-101 sempre provoca longos congestionamentos no verão.

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Para chegar a Itapoá também é possível usar a Avenida Saí Mirim, que começa em território paranaense. A reportagem também passou pelo local e encontrou um asfalto em boas condições.