Em comemoração ao Corpus Christi, nesta quinta-feira, a Igreja Mãe da Arquidiocese _ Catedral Metropolitana, preparou um evento solidário. Cada fiel é convidado a levar um quilo de alimento não perecível, que vai ser doado para o Asilo Irmão Joaquim. O nome Corpus Christi, celebrado pela Igreja Católica, vem do latim e significa Corpo de Cristo.

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É um dia em que os fiéis tradicionalmente confeccionam os tapetes feitos de flores, serragem e outros materiais, pelas ruas onde o padre passará com o Santíssimo Sacramento. Na Arquidiocese de Florianópolis, as 71 Paróquias celebram Missa Solene, seguida de procissão.

Para a passagem dos fiéis, a partir das 8h, serão fechadas algumas ruas do Centro da Capital. São elas: Tenente Silveira, Deodoro, Conselheiro Mafra _ Largo da Alfândega, João Pinto, Nunes Machado e Hercílio Luz e Fernando Machado. Serão montados seis altares intercalados nestes pontos, onde os fiéis poderão colocar os donativos.

Outra novidade deste ano na Catedral é a confecção de tapetes feitos com 12 mil fuxicos. Um trabalho que voluntárias do Movimento de Irmãos levou 11 meses para ser concluído. Além disso, haverá participação de representantes de pastorais, movimentos e novas comunidades.

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A Missa de Corpus Christi na Catedral, às 15h, será presidida pelo Bispo Auxiliar Emérito, Dom Vito Schlickmann.

Tradição

A festa de Corpus Christi é feita na quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade. Também em alusão à Quinta-feira Santa, quando se deu a instituição deste Sacramento. A procissão pelas vias públicas atende a uma recomendação do Código de Direito Canônico que determina ao bispo diocesano que a providencie onde for possível, como forma de “testemunhar publicamente a adoração e a veneração para com a Santíssima Eucaristia”.

A celebração teve origem em 1243, em Liège, na Bélgica, no século 13, quando a freira Juliana de Cornion teria tido visões de Cristo demonstrando-lhe desejo de que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque.

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Em 1264, o Papa Urbano IV, através da Bula Papal “Trasnsiturus de hoc mundo”, estendeu a festa para toda a Igreja, pedindo a São Tomás de Aquino que preparasse as leituras e textos litúrgicos que, até hoje, são usados durante a celebração.

A procissão com a hóstia consagrada conduzida em um ostensório é datada de 1274. Foi na época barroca, contudo, que ela se tornou um grande cortejo de ação de graças. No Brasil, a festa passou a integrar o calendário religioso de Brasília, em 1961, quando uma pequena procissão saiu da Igreja de Santo Antônio e seguiu até a Igrejinha de Nossa Senhora de Fátima.

Já a tradição de enfeitar as ruas surgiu em Ouro Preto, cidade histórica do interior de Minas Gerais. A procissão lembra a caminhada do povo de Deus, que é peregrino, em busca da Terra Prometida. No Antigo Testamento, esse povo foi alimentado com maná, no deserto. Hoje, ele é alimentado com o próprio Corpo de Cristo.

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Durante a Missa o celebrante consagra duas hóstias: uma é consumida e a outra, apresentada aos fiéis para adoração. Essa hóstia permanece no meio da comunidade, como sinal da presença de Cristo vivo no coração de sua Igreja