O Ministério Público (MP) abriu um inquérito para investigar a condição dos veículos da Secretaria de Saúde de Corupá que fazem o transporte de pacientes. Segundo a documentação que instaura o inquérito, o objetivo é averiguar a eventual precariedade e deficiências das ambulâncias e outros automóveis da pasta, assim como os critérios e forma da remoção dos pacientes do pronto-atendimento da cidade para Jaraguá do Sul. O inquérito foi aberto após a denúncia de um dos motoristas da cidade.

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A secretária de Saúde de Corupá, Bernadete Hillbrecht, afirma que a condição dos veículos é boa. Porém, para atender ao pedido do MP, todos os carros passarão por revisão. Quatro dos oito veículos já foram avaliados em uma inspeção veicular de Guaramirim, recebendo pareceres favoráveis. Assim que os outros quatro passarem pela inspeção, os oito veículos serão mandados ao Detran de Jaraguá do Sul para uma inspeção final. O prazo para envio de toda a documentação ao MP é 21 de junho.

Bernadete afirma que a denúncia não confere com a realidade dos veículos, que passam por manutenções regulares. Ela afirma, ainda, que o funcionário que assina a denúncia tem problemas com os horários de trabalho, o que teria motivado a ação. No inquérito do MP está anexada uma carta de 17 de outubro de 2014, na qual o funcionário pede para ficar fora do rodízio de sobreaviso dos fins de semana. A secretária respondeu, no dia 7 de novembro, negando o pedido, já que o sobreaviso é determinado em lei.

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Desde agosto do ano passado, os oito motoristas da Secretaria de Saúde precisam cumprir uma tabela de trabalho no fim de semana. A partir da lei, um cronograma foi estabelecido: um motorista cumpre sobreaviso das 17 horas de sexta-feira as 17 horas de sábado, outro assume até às 17 horas de domingo e um terceiro funcionário trabalha das 17 horas de domingo às 7 horas de segunda-feira, quando volta o horário normal de trabalho. O sobreaviso pode ser cumprido em casa, e os motoristas só são contatados em casos de necessidades. Segundo Bernadete, a média de pacientes transportados por fim de semana é de cinco a seis pessoas.

A secretária ainda lembra que os transportes feitos pela Prefeitura são apenas em casos que não são graves (incluindo altas de hospitais da região), já que a ambulância municipal tem apenas maca e aparelho de oxigênio. Para os casos graves, há um convênio municipal com o Samu e com o Corpo de Bombeiros Voluntários – para eles, foi doada uma ambulância completa no ano passado.