Um sonho planejado há uma década se desfez com as chamas que incendiou a caminhonete do casal de Florianópolis Walfredo Kumm Filho, de 54 anos, e Luciene Bittencourt Kumm, de 51 anos, quando estavam a caminho da expedição para fotografar a pluralidade de culturas das Américas.
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A viagem que duraria dois anos foi cessada no segundo mês. O maior bem, a vida, foi salva. Mas os dois ainda estão muito abalados.
O resultado da perícia que apontará as causas do incêndio, que ocorreu no dia 20 de setembro, sai nesta segunda-feira. O casal estava em uma estrada deserta na cidade de Jussiape, no interior da Bahia, quando Walfredo deu partida no carro e a fumaça começou a se alastrar a partir do painel do veículo. Em 15 minutos, estava tudo queimado.
Além da caminhonete, perderam R$ 60 mil em equipamentos fotográficos, roupas e o acervo de imagens dos últimos 11 anos, período que realizaram 10 expedições. Todo esse material estava numa espécie de minicasa na carroceria. A carcaça do veículo ficou na Bahia. A família já está em Florianópolis. Os amigos tentam animar o casal com mensagens de apoio no facebook.
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Antes de viajar, venderam a garagem náutica, um de seus principais meios de sustentos. Para conseguir se reerguerem e comprar os equipamentos perdidos, Walfredo, que é servidor público, tenta retornar da licença sem vencimento que tinha pedido para fazer a expedição, e Luciene está a procura de emprego.
– O fogo é muito forte, marca muito. A sensação é a pior possível. Dá um vazio, uma tristeza. Perdemos todo o nosso acervo que íamos revelando no caminho e vendendo para nos manter. Também tinha o material de um livro que estava escrevendo sobre as expedições – lamenta Luciene.
O sonho

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