No Serra Dourada, o Vasco venceu o Atlético-GO por 1 a 0, neste sábado, e se manteve no G4. E a vitória veio na base da experiência, após jogada entre Felipe e Juninho, na qual o Reizinho completou para o gol.

Continua depois da publicidade

A confusão no início do texto se deu porque o time cruz-maltino teve mais da metade da arquibancada com seus torcedores, mesmo com a partida sendo disputada na capital do Goiás. Por 90 minutos, Goiânia parecia Rio de Janeiro.

O comando vascaíno não ficou apenas na arquibancada. Dentro das quatro linhas, o time de Marcelo Oliveira comandou boa parte do jogo. No primeiro tempo, a equipe carioca teve um bom toque de bola no meio e explorou as laterais, mas faltou capricho no momento da conclusão. Eder Luis, Wendel, Carlos Alberto, Alecsandro. Todos tentaram, mas ninguém conseguia balançar a rede.

A mudança realizada por Marcelo Oliveira com a entrada de Carlos Alberto na vaga de Felipe parecia surtir efeito. E em pouco tempo a pressão se transformou em vantagem numérica, aos 20 minutos, quando o zagueiro Gustavo (que, curiosamente, nos tempos de Flamengo era chamado de Geladeira), esquentou-se, xingou o juiz e acabou expulso por reclamação.

Ah, então quer dizer que a partir do momento em que o Vasco ficou com um a mais, não passou sustos? Ledo engano. Mesmo atuando nos contra-ataques, a equipe do Atlético-GO fez os vascaínos viverem momentos de tensão. Em uma com Marino, que saiu na cara de Prass e chutou por cima, e outra com Felipe, que obrigou o goleiro vascaíno a fazer boa defesa.

Continua depois da publicidade

Na volta do intervalo, ousadia de Marcelo Oliveira. O treinador vascaíno tirou os dois laterais, Jonas e Thiago Feltri, para as entradas de Fellipe Bastos e Felipe, respectivamente. Para os que não entenderam o porquê da “ousadia”, o técnico sacou dois laterais para colocar um volante e um meia.

Mas, enganou-se também que as alterações fariam da partida algo emocionante logo de cara. Muito pelo contrário! Com o time vascaíno mais lento e o Dragão apostando nos contra-ataques, quem estava em casa chegou a bocejar. Entre uma piscada mais pesada de olho e outra, o torcedor vascaíno conseguiu assistir ainda a entrada de Marlone, cria da base que conseguiu fazer sua estreia no time profissional.

Por muito pouco que o famoso ditado futebolístico “quem não faz, leva” não se fez presente. Depois de algumas oportunidades do Vasco chutadas para a lua, literalmente, Felipe (do Atlético-GO, que fique claro), ganhou da zaga cruz-maltina na velocidade e bateu sem chances para Prass. Mas todos os vascaínos presentes assopraram a bola para fora e ela passou rente à trave esquerda do camisa 1.

Porém, se algum ditado teve de aparecer, para o bem da torcida vascaína, foi o da “água mole em pedra dura…”. Já nos minutos finais, Felipe tabelou com Wendel e cruzou para Juninho bater de primeira e fazer o Caldeirão do Serra Dourada explodir.

Continua depois da publicidade

O sonho de chegar ao título continua vivo em São Januário. Do outro lado, a derrota do Atlético-GO aumentou ainda mais o desespero da equipe, lanterna do Brasileiro, com 20 pontos, e que luta para escapar do, quase certo, rebaixamento para a Série B.

O Vasco, agora, tem o famoso jogo de seis pontos contra o São Paulo, quarta-feira, em São Januário. O Dragão também tem um confronto direto. O time de Goiás encara o Figueirense, que está na penúltima colocação, fora de casa.

FICHA TÉCNICA

ATLÉTICO-GO 0 X 1 VASCO

Local: Serra Dourada, em Goiânia (GO)

Data-Hora: 5/10/2012 – 16h20 (de Brasília)

Árbitro: Raphael Claus (SP)

Auxiliares: Carlos Berkenbrock (SC) e Ciro Chaban Junqueira (TO)

Renda/Público: R$ 411.155,00 / 13.212 pagantes

Cartões Amarelos: Pituca (ACG); Carlos Alberto (VAS)

Cartões Vermelhos: Gustavo, aos 20’/1ºT e Ricardo Bueno, aos 47’/2ºT (ACG)

GOLS: Juninho, aos 41’/2ºT (0-1)

ATLÉTICO-GO: Marcio, Adriano, Gustavo, Reniê e Eron (Ernandes – 36’/2ºT); Pituca, Dodó, Marino e Alexandre Oliveira (Diego Giaretta – 21’/1ºT); Ricardo Bueno e Felipe (Danilinho – 37’/2ºT). Técnico:Artur Neto

VASCO: Fernando Prass, Jonas (Fellipe Bastos – Intervalo), Dedé, Renato Silva e Thiago Feltri (Felipe – Intervalo); Nilton, Wendel, Juninho e Carlos Alberto (Marlone – 17’/2ºT); Eder Luis e Alecsandro. Técnico: Marcelo Oliveira

Continua depois da publicidade