Ninguém dirá publicamente, mas a avaliação na delegação do Grêmio é de que um lance matou o time na derrota para o Caracas por 2 a 1, no estádio da Universidad Central de Venezuela (UCV), na última terça-feira. No segundo tempo, o atacante Vargas teve a chance de decepar pela raiz a reação da equipe venezuelana, e não o fez.

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Ele avançou sozinho pelo meio da intermediária adversária. Havia apenas um marcador à sua frente. Ao lado, Barcos esperava, livre. Mas o chileno errou de maneira bisonha o passe mesmo sem ninguém a atrapalhá-lo. Também podia ter tentado a jogada pessoal, assumindo a responsabilidade do lance. Não fez nem uma coisa, nem outra.

Na delegação que começa a viagem de volta ao Brasil apenas às 23h (horário de Brasília) desta quarta-feira, chegando à Porto Alegre às 9h da manhã de sexta, o que mais se ouve é a seguinte frase:

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– Aquele lance do Vargas matava o jogo.

O técnico Vanderlei Luxemburgo comunga desta opinião, mas jamais irá externá-la em público, para preservar o jogador.

O fato é que, apesar da má atuação no segundo tempo, quando o time relaxou e parecia imaginar que a vitória aconteceria obrigatoriamente como presente pela qualidade muito superior à do adversário, o sentimento da delegação é um só: se Vargas decide aquele lance, o Grêmio hoje talvez já pensasse nas oitavas de final, em vez de ter de recorrer à calculadora para seguir sonhando com o tri.

Após a derrota do Grêmio, o Fluminense segue líder no Grupo 8 com sete pontos. Grêmio e Caracas somam seis. E o Huachipato, quatro.