João Emanuel Carneiro voltou às novelas cercado de expectativa. Público, especialistas em TV e Globo apostavam alto em uma trama que se igualasse à Avenida Brasil (2012) – o grande sucesso do autor. Mas nem tudo saiu como esperado em A Regra do Jogo. A novela das nove entra em sua última semana sem ter conseguido fisgar de vez o telespectador e começou a movimentar mesmo as redes sociais após a grande virada da reta final – quando Kiki (Deborah Evelyn) reapareceu para a família. De lá para cá, os índices de audiência subiram, e o engajamento aumentou. De uma maneira geral, foi uma trama média.

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Carneiro manteve a fórmula da vilã carismática, com Giovanna Antonelli muito bem no papel da caloteira histérica Atena. Além disso, a sintonia da atriz com o protagonista Alexandre Nero foi um dos pontos fortes da novela. A dualidade de caráter do personagem de Nero, aliás, foi mais um dos acertos da trama. Romero Rômulo transitou o tempo todo no limiar entre mocinho e vilão. O núcleo de Adisabeba (Susana Vieira) e Merlô (Juliano Cazarré) também conseguiu se destacar.

Mas o autor pecou em pontos fundamentais, como a extrema inocência dos mocinhos Juliano (Cauã Reymond), Toia (Vanessa Giácomo) e Dante (Marco Pigossi). Não à toa, Toia virou Chatoia, e Dante foi taxado de “o pior policial do mundo”. A falta de força das tramas paralelas contribuiu para A Regra do Jogo não se tornar um fenômeno. As histórias de núcleos como o de Feliciano (Marcos Caruso) quebraram o ritmo da novela, prejudicando o todo.