Vinte e quatro de setembro de 2007. Nesta data, o Centreventos Cau Hansen recebeu o primeiro jogo da final da Liga Nacional de Futsal entre o JEC/Krona e a Malwee/Jaraguá. No banco, o Tricolor foi dirigido por Vander Iacovino, que conduziu os joinvilenses à decisão da competição pela primeira vez na história.
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Dez anos passaram e neste domingo, às 11h, o Centreventos voltará a ser palco da final da Liga. Desta vez, o ginásio abriga o segundo duelo da decisão contra a Assoeva-RS, que apontará o campeão. No banco, novamente o JEC será dirigido por Vander, que saiu da equipe e retornou em 2015. A diferença agora é que o comandante tem um importante reforço na luta pelo título inédito: o filho.
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Pouca gente sabe, mas Bruno de Castro Iacovino, o Bruninho, ala do time, é filho do treinador do Joinville. Aos 20 anos, a juventude ainda não o permite ser um protagonista da equipe em meio a tantos atletas experientes. No entanto, o jovem já mostrou que não está no elenco apenas porque é o filho do chefe.
Na Liga de 2017, esteve em quadra em 17 das 23 partidas disputas pelo JEC/Krona. E foi muito útil em dois jogos complicadíssimos. Contra o Jaraguá, em Jaraguá do Sul, marcou o quarto gol, o do empate de Joinville – o time chegou a estar perdendo por 4 a 2, mas buscou a igualdade. Na antepenúltima rodada, repetiu o feito diante do Sorocaba, no Centreventos – empatou o confronto a poucos segundos do fim, quando o JEC perdia por 5 a 4.
Com tanta estrela, quem pode garantir que Bruninho não marcará, por exemplo, o gol do título? Seria uma história digna de filme, especialmente porque, há dez anos, ele apenas brincava com a bola no intervalo dos jogos, enquanto o pai já disputava importantes decisões.
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— Falando como pai, posso dizer que estou muito feliz e orgulhoso por ele. Como treinador, digo que ele também tem uma grande responsabilidade, mas está aqui por merecimento não porque é o filho do treinador — aponta Vander.
No entanto, o coração de pai não nega que o momento é mais do que especial.
— O que vamos ter aqui no domingo é algo que vai marcar todo mundo, mas para mim será muito diferente por viver esta situação, que nunca imaginei. Se conquistarmos o título, será uma felicidade dupla, algo que realmente não tem preço — descreve Vander.
Mais tímido e ainda pouco habituado a entrevistas, Bruninho diz que ficará muito feliz se puder ajudar na grande decisão. Independentemente da colaboração, espera celebrar o título em família.
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— Será sensacional, algo que nunca imaginei. Tomara que dê tudo certo para comemorarmos juntos.
Se de fato tudo der certo, a festa pelo título será grande não apenas na família Iacovino, mas também em milhares das famílias joinvilenses que vão lotar o Centreventos Cau Hansen.
Colocados à venda na quarta-feira, os ingressos para o duelo esgotaram em menos de três horas de venda. Ao todo, serão 3 mil torcedores no ginásio.
Time terá força máxima
O Joinville conta com a vantagem – empate no tempo normal e na prorrogação –, mas tem todo o elenco à disposição para buscar o título já com uma vitória no tempo normal. Embora Vander tente manter um certo mistério, as formações não devem fugir ao que ele tem utilizado nos últimos jogos – uma com Fernando, Xuxa, Fellipe Mello e Fernandinho e outra com Leco, Eka, Jackson e Jé.
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Para o treinador, no entanto, o mais importante é a equipe estar concentrada na partida.
– O que a gente trabalha é o mesmo que fazemos em todos os jogos. Procuramos sempre estar atento a todas as situações, detalhes do adversário, essas coisas –afirmou Vander.
O técnico conta com a experiência dos sete campeões em outras edições da Liga – Leco, Jackson, Jé, Junai, Fellipe Mello, Xuxa e Fernando –, mas aposta fundamentalmente no talento individual que todos os atletas do grupo tem.
– Tudo agrega neste momento. Mas a gente espera que a parte individual do atleta também possa fazer diferença, além é claro da parte tática da equipe – concluiu.
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