No passado, o transtorno bipolar era conhecido pelo nome de psicose maníaco-depressiva, mas o nome foi mudado porque não correspondia exatamente ao diagnóstico e, também, para evitar o estigma a estes pacientes.
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Quando a pessoa com transtorno bipolar está na fase de hiperexcitabilidade, ela apresenta modificações na forma de pensar, agir e sentir e vive num ritmo acelerado, assumindo comportamentos extravagantes, como, por exemplo, sair comprando compulsivamente tudo o que vê pela frente, ou então investindo em empreendimentos acreditando que renderão lucros vertiginosos, ou envolvendo-se em experiências perigosas, sem levar em conta o mal que podem causar.
Edgar Allan Poe, Van Gogh, Schuman, Churchill, grandes homens da história e das artes, tinham transtorno bipolar. A psicóloga Kay Jamison, portadora de transtorno bipolar e uma das personalidades mais conhecidas na área, escreveu o livro Uma Mente Inquieta, publicado há alguns anos.
Nele, ela relata que só se acertou na vida quando se deu conta da doença que tinha e pôde tomar medicamentos e outras precauções para evitar as crises. Jamison analisou a biografia de grandes líderes políticos, religiosos, militares, intelectuais e artistas e registrou o que falavam e sentiam nos momentos de depressão e de euforia.
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Van Gogh, que se matou aos 37 anos com um tiro no peito, atravessava um período de extrema melancolia quando pintou seu último quadro – corvos num campo de trigo. No verão daquele mesmo ano, atravessando uma fase de grande euforia, o tema de um quadro psicodélico foi uma fantástica noite estrelada.