Pescoço mais erguido do que o habitual, o técnico holandês Louis Van Gaal entrou às 20h04min desta quarta-feira na sala de entrevistas para falar da derrota nos pênaltis para a Argentina, e queixou-se da obrigação de ter de fazer o jogo de sábado pelo terceiro lugar, contra o Brasil, em Brasília.
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– Já digo há dez anos: essa partida nunca deveria ser jogada. Você tem a chance de perder duas vezes seguidas e, se isso acontece, você vai para casa como um perdedor. Mesmo depois de ter feito uma Copa do Mundo maravilhosa. Os jogadores não deveriam jogar pelo terceiro lugar porque só há um prêmio: a taça de campeão do mundo.
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Além disso, reclamou de ter um dia a menos para descansar do que o Brasil, e minimizou uma possível vantagem sobre a equipe de Felipão por conta dos 7 a 1 aplicados pela Alemanha:
– Perder de 7 a 1 é o mesmo que perder nos pênaltis.
Van Gaal disse, ainda, que colocaria novamente o goleiro Tim Krul, que garantiu a classificação contra a Costa Rica, para a série de pênaltis, mas teve de fazer as três substituições ainda com a bola rolando.
– Tirei Indi porque ele já tinha o cartão amarelo e estava com dificuldades em marcar Pérez, muitas vezes chegava atrasado. De Jong, tirei porque não queria arriscar que se contundisse. E Van Persie saiu porque estava exausto – explicou.
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Entre os lamentos da derrota nas penalidades – “jogamos muito igual, talvez até um pouco melhor” -, o técnico holandês ainda viu uma fina ironia: lembrou de ter sido o primeiro técnico do goleiro Romero na Europa, no AZ Alkmaar.
– Eu ensinei o Romero a pegar pênaltis, claro que isso dói um pouquinho a mais – disse o técnico.
Herói da classificação argentina, Romero se disse agradecido a Van Gaal:
– A verdade é que Van Gaal é uma pessoa que ensina muito ao jogador. Ensina a crescer, a estar atento a todas as jogadas. É um técnico que me ajudou muito a crescer e a melhorar. Cresci muito com ele e estarei sempre agradecido por ele ter me ajudado em um país tão diferente do meu, como é a Holanda.
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