Segundo senador eleito por Santa Catarina, Jorginho Mello (PR) conversou com a NSC TV na manhã desta segunda-feira (8), dia seguinte às eleições. Com 18,07% dos votos válidos, ele agradeceu os eleitores e destacou o fato de não ter aparecido entre os primeiros das pesquisas eleitorais.
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Jorginho ainda defendeu reformas, como a tributária e política, disse ter como foco a área da saúde, afirmou que o Brasil está passando por um momento de transição e destacou a importância em resgatar a confiança na classe política.
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Resultado das urnas
Para o senador eleito, as pesquisas deram errado no Estado. Segundo relatou, ele sentia no contato com as pessoas a receptividade que não se via refletida nos dados.
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— Eu contestava, mas o que fazer? A pesquisa é tradição em toda história política. Tem alguns institutos grandes, que têm nome… se saiu no instituto tal, se dá como líquido e certo. Isso não funcionou, então mais uma vez as pesquisas falharam em Santa Catarina.
Propostas
Mello relembra sua trajetória política e afirma ter se preparado para o cargo, já que foi deputado federal em dois mandatos. Para ele, a experiência conta.
— Para estar em Brasília precisa estar preparado, porque o jogo lá é bruto.
Reformas
Jorginho Mello defendeu a necessidade de reformas. De acordo com ele, “ninguém mais consegue conviver” com 38 partidos e outros 70 esperando para serem homologados.
— Quero ajudar o próximo presidente do Brasil, fazer as mudanças que o Brasil precisa em diversos campos. Eu quero trabalhar muito por uma reforma tributária, por uma reforma política.
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Mello ainda mencionou o pacto federativo e afirmou que é preciso deixar mais dinheiro nos municípios.
— Hoje vai muito dinheiro para Brasília e depois volta por caminhos não republicanos. Quero ajudar Santa Catarina a ser mais respeitada pelo governo federal. Nós sofremos muito com as nossas estradas, nossas obras de infraestrutura.
Saúde
O senador eleito destacou que o seu foco para o próximo mandato deve ser na área da saúde. Para ele, é preciso regionalizar a saúde e colocá-la mais próxima das pessoas para que se sofra menos nos deslocamentos.
— A pessoa faz 400 quilômetros hoje para fazer uma quimioterapia, isso não é possível. Esse tipo de coisa é o que nós precisamos fazer e eu vou lutar muito por isso.
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Transição
Mello ainda exalta que o Brasil mudou e ainda está mudando, assim como a consciência política da população. Lembra que se falava muito em uma abstenção enorme, mas salienta que o eleitor foi para a urna e votou, o que, na visão dele, é considerado algo bom. Ele ainda afirmou que o país está passando por um movimento de transição.
— Eu quero pedir aos eleitores todos, vamos virar essa página ruim da política brasileira e pensar em novos dias, acreditando na política. O político tem que resgatar a confiança e a credibilidade com as pessoas. Não era mais possível conviver com uma desconfiança, com um mal estar que a própria classe política criou — finaliza.
Trajetória
Jorginho Mello foi deputado estadual de Santa Catarina entre 1995 e 2011. Foi eleito ao cargo de deputado federal e legislou entre 2011 e 2015, sendo reeleito na última eleição até 2019.
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