No comando de diversos pontos de bloqueio de caminhoneiros nas rodovias do país e líder do Comando Nacional dos Transportes, que não é vinculado a nenhum sindicato ou confederação de trabalhadores, Ivar Schmidt acredita que a greve vai ganhar mais força nos próximos dias e que aguarda contato do governo para negociação.

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Como avalia o movimento?

Em todo o Brasil deu uma arrefecida, mas tem vários pontos que ainda estão fazendo bloqueio e acredito que amanhã (nesta quarta-feira) ainda vai ganhar mais força.

O governo ordenou que a Polícia Rodoviária Federal escoltasse caminhoneiros descontentes com a paralisação. Foi um golpe no movimento?

É natural que ajam dessa maneira. O que não é normal é o governo não tentar contato. Isso, sim, é anormal.

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O governo não tentou nenhum contato?

Não, de nenhuma maneira.

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Entre as exigências do movimento está a renúncia da presidente Dilma. Se o governo entrar em contato, existe margem de negociação?

A gente vai conversar, ouvir o que eles têm para nos dizer. Vamos dialogar, nada é radical.

O movimento Vem pra Rua, um dos organizadores das passeatas pelo impeachment meses atrás, divulgou nota afirmando que não tem qualquer relação com a greve dos caminhoneiros.

O Vem pra Rua é um movimento bem elitizado, não faz mesmo parte da nossa forma de pensar, de trabalhar e de agir.

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Até quando dura a greve?

É impossível prever. Vai depender de quanto durar a resistência de cada ser humano que está fazendo parte.

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Onde a mobilização é maior?

Assim como das outras vezes, nos Estados do Sul.