A entrevista de Eduardo Sirotsky Melzer, novo presidente do grupo RBS a partir desta terça-feira

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Zero Hora – Quais serão as marcas da sua administração na RBS?

Eduardo Sirotsky Melzer – Tenho grandes linhas, que são a alma da RBS: sonho, cultura e pessoas. O sonho te faz enxergar caminhos. Cultura é ter um ambiente em que todos possam revelar o melhor de si. Quem executa isso tudo são as pessoas, o mais importante em uma organização. Minhas marcas serão a excelência, o crescimento e a busca por resultados. Vamos aumentar a nossa relevância.

ZH – Como foi fazer a transição em uma empresa familiar?

Eduardo – Acredito em uma empresa familiar-profissional. O componente familiar traz uma visão de busca de resultados a longo prazo. Estou muito motivado com a responsabilidade que estou assumindo.

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ZH – Como foi sua preparação?

Eduardo – Na família, temos regras para entrar na empresa. Precisa ter formação acadêmica, idade mínima de 25 anos, mestrado em universidade conceituada e sucesso profissional comprovado fora do grupo. Trabalhei nos Estados Unidos, o que contribuiu para me dar garra e segurança.

ZH – Quais são os planos na área de comunicação?

Eduardo – Vamos investir cada vez mais no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, criando novas plataformas de jornalismo, entretenimento e serviço. É o que nos trouxe até aqui. Esta é a identidade do Grupo RBS. Isto traz credibilidade e nos dá as condições de fazermos negócios em outras áreas, como digital e educação.

ZH – Qual é a importância da empresa de negócios digitais?

Eduardo – Nossa identidade também está no empreendedorismo e na busca de oportunidades. Já investimos R$ 200 milhões adquirindo participações em empresas de inovação e vamos investir outros R$ 200 milhões. Ainda no segundo semestre, vamos abrir uma empresa, com sede em São Paulo, para reunir esses negócios, e um escritório no Vale do Silício, na Califórnia. Vamos trazer coisas dos EUA, mas também levar coisas para lá.

ZH – Como vai funcionar a sua relação com Nelson Pacheco Sirotsky?

Eduardo – Será uma parceria forte. Nossa visão é convergente e temos muito carinho um pelo outro. Quando se alinham visão, afinidade e valores, temos a chance de desenvolver esse projeto de forma integrada. Formamos um pacto que transcende a família, a amizade. Ele me escolheu como seu sucessor e eu o escolhi para ser minha grande referência.

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