Mantenho-me firme no propósito de mostrar que nosso Vale tem belezas que valem ser visitadas. Sem prejuízo de nosso pendor pelo litoral, que também é lindo, embora um pouco estragado pela falta de cuidado dos homens. Aqui no Vale dá para sair de manhã, deslumbrar-se com muitos panoramas, não importa para que lado você vá, e depois dormir em casa. Programa bom, barato e inesquecível. Recomendável para todos os fins de semana e feriados. Na foto, do alto do Morro de São Bernardo, em Rio dos Cedros, se vislumbra Timbó e Indaial.

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Nossas pontes (1)

Quando garoto, lá no Alto Vale, vi benzedeiras e benzedores em ação, sempre a chamado de alguém. Casos que não sei explicar nem credito a poderes divinos, mas de pleno êxito, com gente e com animais. Conheci e trabalhei com um médico traumatologista que em casos de fraturas tão complicadas que a ciência médica não resolvia encaminhava o paciente para um agricultor que, inacreditavelmente, resolvia. Vá saber! Estou me lembrando disso porque cheguei à conclusão que só benzendo para descomplicar a dificuldade que temos, aqui na região, quando o assunto é construção de pontes.

Nossas pontes (2)

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Agora é a ponte de Gaspar, chamada de Ponte do Vale. Iniciada, paralisada em março de 2014, e agora novamente em vias de continuar sendo construída, enfrenta mil dificuldades burocráticas, obriga o prefeito a mil viagens à capital federal, é o calvário de sempre. Vê aí se lembra de uma ponte que teve começo, meio e fim sem interrupção. Viu? Não há. O que há é ponte que sequer começou, em Blumenau, por causa da brigalhada do local em que deve ser construída.

Só benzendo! Juro que estou falando sério.

Tranquilize-se, ministro (1)

Em novembro de 2012, numa sexta-feira 13, o ministro da Justiça disse que “se fosse para cumprir muitos anos num presídio brasileiro, eu preferiria morrer”. O ministro estava se referindo aos prisioneiros comuns, claro, pois a turma que o juiz Moro condenou não foi jogada em nenhuma masmorra. Não é para eles o melhor dos mundos, ainda mais para quem estava acostumado a vinhos caríssimos, comidas sofisticadas e lençóis egípcios, mas nenhum está pensando em suicídio.

Tranquilize-se, ministro (2)

O senador Delcídio do Amaral, por exemplo, ex-líder do governo no Senado, continua senador e recebendo salário de senador, apesar de não comparecer ao batente, por motivo óbvio. Já relaxou, inclusive, o primeiro choque já passou. Dedica-se agora a assistir a série “House of Cards”, que antes não tinha tempo para acompanhar.

O ministro Cardozo pode, pois, relaxar. Se tiver que cumprir muitos anos num presídio brasileiro vai preferir viver. Até porque ninguém fica muito tempo, nossas leis penais são tão generosas…

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Bate e volta

Não conheço alguém que ainda usa cheque, mas que há, há. Mesmo assim, continua cada vez mais desmoralizado. O cheque. Os devolvidos duas vezes atingiram um recorde histórico, ano passado. O maior desde que a série foi criada, em 1991. Desse jeito, além de arcaicos, terão mais dificuldade ainda para serem aceitos.

Mas quem, mesmo, ainda os usa?

Monumento

Modéstia às favas, mas o Mausoléu do doutor Blumenau, no Centro Histórico de Blumenau, é dos mais lindos do país. Exuberante em sua simplicidade, algo difícil de conseguir.